Monumentos portugueses continuam a bater recordes

O Castelo de São Jorge recebeu quase dois milhões de visitantes em 2017. Já o Mosteiro dos Jerónimos continua a ser o movimento mais procurado sob a tutela da DGPC

Janeiro, mês de balanços. As entidades responsáveis pela tutela de monumentos e equipamentos culturais têm divulgado, por estes dias, os números de visitantes relativos ao ano passado, e embora os monumentos, museus e palácios mais procurados do país se mantenham praticamente os mesmos, continuou a registar-se uma tendência crescente, intrinsecamente ligada ao aumento do turismo verificado no país nos últimos anos.

O monumento mais visitado do país continua a ser o Castelo de São Jorge, em Lisboa, espaço gerido pela EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural. Só no ano passado subiram ao castelo quase dois milhões de visitantes – 1 970 888. Ou seja, mais 197 480 do que no ano anterior, um aumento de 11,1%, confirmou fonte da entidade ao “Diário de Notícias”, sublinhando que a esmagadora maioria dos visitantes (95,5%) são estrangeiros.

Jerónimos Já a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), responsável pela gestão de 23 espaços – entre museus, palácios e monumentos –, registou um crescimento de cerca de 8% relativamente ao ano anterior. Mas se recuarmos cinco anos, os números falam por si: desde 2012 houve um crescimento de 60%.

No total, mais de cinco milhões de pessoas visitaram os espaços em 2017: os monumentos registaram 2 806 074 entradas; os museus, 1 479 227; e os palácios, 397 476.

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, continuou a ser o monumento mais procurado da entidade. Segundo os dados recentemente divulgados pela DGPC, o monumento recebeu mais de um milhão de visitantes (1 166 793). Já os palácios nacionais de Mafra e da Ajuda foram os que mais que subiram (27%). O Palácio Nacional da Ajuda – que, desde setembro do ano passado, tem patente a exposição da Coleção Miró, entretanto prolongada até 13 de fevereiro – passou de cerca de 70 mil visitantes em 2016 para superar os 126 mil em 2017.

O Museu do Chiado – que em 2017 recebeu a aclamada exposição temporária dedicada a Amadeo de Souza-Cardoso – subiu quase 70%, passando de 51 992 para 88 158 visitantes.

A Torre de Belém, outro dos monumentos mais concorridos da DGPC, sofreu, no entanto, uma descida de entradas, decorrente das medidas de segurança implementadas para salvaguardar a estrutura. Em 2016 tinham-na visitado 685 694 pessoas. No ano passado foram “apenas” 575 875.

Também o Museu Nacional dos Coches, que esteve fechado entre o final de abril e maio para a instalação de um novo projeto, registou menos entradas: em 2016 tinha recebido 382 593 pessoas, número que se ficou pelos 350 254 ingressos em 2017.

MAAT Ontem, também o MAAT divulgou os seus números: em 2017, o museu mais recente de Lisboa recebeu 375 mil visitantes, maioritariamente portugueses (69%).

Já a Parques de Sintra-Monte da Lua, responsável pela gestão de monumentos como o Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros ou o Palácio Nacional de Queluz, ou o Museu de Serralves, pertença da Fundação de Serralves, ainda não divulgaram os respetivos números. Mas tudo indica que, à semelhança dos últimos anos, se continuem a bater recordes.