Vieira da Silva sobre taxa de desemprego: “Dados são extremamente positivos”

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social comentou, esta segunda-feira, em Coimbra, que os números relativamente à descida do desemprego “são extremamente positivos”, realçando que, apesar de tudo, há ainda um longo caminho a percorrer.

O ano de 2017 terminou com 404.800 desempregados inscritos nos centros de emprego. Trata-se de o número mais baixo desde outubro de 2008, segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional. 

O desemprego registado nunca diminuiu tanto no espaço de dois anos. O desemprego diminuiu em cadeia todos os meses do ano (com exceção do mês de novembro em que se manteve estável) a um ritmo médio de -1,8%, o que significa que, em média, saíram do desemprego 8.200 pessoas por mês ao longo do ano passado".

"Estes dados são, obviamente, extremamente positivos. São dados que todos os sinais apontam que se vão reforçar, mas que não nos fazem esquecer as dificuldades e o caminho que tem de continuar a ser percorrido", referiu Vieira da Silva, onde falou aos jornalistas depois da cerimónia de entrega do prémio cooperação e solidariedade António Sérgio, em Coimbra.

O ministro afirmou também que os dados divulgados esta segunda-feira, pelo IEFP, são, sem dúvida, “uma boa notícia” e revelam “o reconhecimento que, no espaço dos últimos dois anos, foram criados cerca de um quarto de milhão de novos empregos – empregos líquidos – e que esse emprego foi ainda mais forte do que a diminuição do desemprego”.

Para o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, isto significa “foram trazidas pessoas para o mercado de trabalho que estavam fora do mercado de trabalho" e, consequentemente, que a economia portuguesa apresentou "um dinamismo significativo".

"Não atingimos ainda os valores que possuíamos antes da crise, mas, ao nível do volume de desemprego, os valores já são próximos, se não idênticos", esclareceu.

Apesar de tudo, Vieira da Silva indicou que a atual taxa de desemprego em Portugal faz com que o Governo torne "mais forte o combate àqueles núcleos mais pesados, mais duros, mais difíceis do desemprego", como é ocaso do desemprego de longa duração ou o desemprego jovem, nomeadamente aqueles que não trabalham nem estudam.

O decréscimo em cadeia do desemprego é maioritariamente explicado pela saída do desemprego de jovens, pessoas à procura do primeiro emprego e com qualificações de nível secundário e superior".

Relativamente ao desemprego de longa duração, o número de desempregados inscritos há 12 meses ou mais baixou para 193.000, "o valor mais baixo desde dezembro de 2009 e que representa uma redução de 38.600 pessoas face ao final de 2016", destaca a mesma nota do ministério liderado por Vieira da Silva.