Desporto

EUA. Membros da Federação de Ginástica demitem-se após escândalo de abusos sexuais

Um antigo médico da organização está a ser acusado de abuso sexual, por mais de 140 mulheres, em 20 anos de trabalho.


Esta segunda-feira, depois de cinco dias de julgamento e de uma dezena de testemunhas terem acusado três responsáveis da organização de proteger o médico acusado de abuso sexual, Larry Nassar, três membros da administração demitiram-se.

O médico trabalhou nesta organização durante mais de vinte anos e enfrenta agora uma acusação, por abusar sexualmente de menores de idade e jovens adultas durante o tempo em que esteve na Federação.

Paul Parila, o presidente da Federação, Jay Binder, vice-presidente e Bitsy Kelley, tesoureira, informaram ontem, segunda-feira, que o tribunaç de Michigan já tinha decidido e declarado a sentença do médico.

Nos últimos dias foram mais de 120, das 140 mulheres, que acusaram o médico de abusos sexuais. A maioria das mulheres eram ginastas de alta competição, como é o caso de Aly Raisman e Jordyn Wieber, que representaram os Estados Unidos em vários Jogos Olímpicos.

“Apoiamos a decisão de demissão. Acreditamos que este passo nos permitirá avançar para as mudanças que queremos para nossa organização de forma mais eficaz”, adiantou, em um comunicado, o presidente da Federação, Kerry Perry, que substitui desde março de 2017 Steve Penny após ter apresentado a sua demissão depois de o escândalo do médico ter vindo a público.

O presidente fez questão de dizer que pretende que situações como estas continuem a ser denunciadas e que irá fazer de tudo para que isto não volte a acontecer: "A família olímpica falhou nesses atletas e devemos continuar a tomar todas as medidas necessárias para garantir que isso nunca mais aconteça".

 

 

 

 

 

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