Bankinter não quer comprar mais ativos em Portugal

O grupo obteve lucros de 495,2 milhões em 2017.

 A presidente executiva do espanhol Bankinter, Maria Dolores Dancausa, revelou ontem que o grupo não está a pensar comprar mais ativos em Portugal, considerando que o objetivo agora é consolidar a operação no mercado português.

O grupo obteve lucros de 495,2 milhões em 2017, mais 1% do que os 490,1 milhões de euros registados no ano anterior. Mas contabilizando apenas a operação em Espanha, o lucro teria sido 392,8 milhões de euros em 2016 (inferior aos 490,1 milhões), subindo então 20,2% para 472,3 milhões de euros em 2017.

"Estes resultados significam que o Banco foi capaz de compensar de forma orgânica, com a atividade regular com os seus Clientes, os resultados de 2016 que incluíam resultados extraordinários contabilizados devido à operação de compra do Barclays em Portugal", revelou a instituição financeira, em comunicado.

No que se refere à solvência, o Bankinter conclui dezembro com um rácio de capital CET1 fully loaded de 11,46%, e de 11,83% em CET1 phased-in, 6 pontos base mais que em 2016 e muito acima das exigências do BCE aplicáveis em 2018 para o Bankinter, que se situam nos 7,125%, as mais baixas da banca espanhola.

Em relação à estrutura de financiamento, o gap de liquidez da entidade reduziu em 200 milhões de euros no ano, situando-se nos 5.200 milhões no final de 2017. Paralelamente, o rácio de depósitos sobre créditos atinge os 90,6%, 20 pontos base mais do que há um ano.