“A maioria do emprego criado continua a estar marcado por vínculos precários”, diz Jerónimo

Secretário-geral do PCP alerta que redução do desemprego “está longe de se ter traduzido no aumento dos salários e na criação de emprego com direitos”. 

Jerónimo de Sousa voltou a defender alterações às leis laborais e considera que "a maioria do emprego criado continua a estar marcado por vínculos precários".

O secretário-geral do PCP, num comício em Faro, alertou que a recuperação económica e a redução do desemprego "está longe de se ter traduzido no aumento dos salários e na criação de emprego com direitos". 

"Nesta luta que travamos pela afirmação e concretização de uma política patriótica e de esquerda, a valorização do trabalho e dos trabalhadores assume uma importante prioridade no conjunto das frentes de intervenção e acção que desenvolvemos", afirmou.

Jerónimo de Sousa garantiu que as três "marcas mais importantes deste orçamento são indissociáveis da acção e insistência do PCP".

"Uma, o novo aumento extraordinário de pensões (…) A outra, a redução da carga fiscal sobre os trabalhadores e reformados. Por fim, o descongelamento da progressão de carreiras da Administração Pública".

O secretário-geral dos comunistas defendeu, porém, que "este é um orçamento da responsabilidade do governo do PS. É um Orçamento condicionado pela opção do PS de não enfrentar as imposições da União Europeia, nem romper com os interesses do grande capital".