Telecomunicações. Portugal atrás de parceiros da UE em velocidade 4G

Estudo revela que Vodafone se destaca da concorrência nas ligações de alta velocidade

As principais operadoras de telecomunicações em Portugal têm feito um bom trabalho a desenvolver o acesso ao 4G, mas em termos de velocidade o país ainda tem muito a fazer. Apesar da ligação 4G ser mais rápida que a média mundial, Portugal está atrás dos seus parceiros da UE.

Segundo o “Relatório sobre o Estado das Redes Móveis em Portugal”, a que o i teve acesso e será divulgado hoje, a Vodafone destaca-se das outras principais operadoras – MEO e NOS. 

O estudo da OpenSignal, o primeiro sobre o mercado de telecomunicações em Portugal da empresa, analisou mais de 178 milhões de medidas de 18 880 dispositivos móveis entre 1 de setembro e 30 de novembro. Os dados foram usados para comparar as experiências 3G e 4G da MEO, NOS e Voldofone.

No que diz respeito à velocidade, o documento aponta que “a corrida para as velocidades 4G mais elevadas nem sequer foi renhida”. O estudo mediu a velocidade média de downloads LTE em 33.8 Mbps (Megabyte por segundo) na Vodafone, mais de o dobro da NOS (13.1 Mbps) e MEO (14.3 Mbps). “O contraste é ainda maior quando se comparam as médias globais”, salienta o estudo, que revela que a velocidade medida na Vodafone foi 17 Mbps mais elevada que a média global de 16.6 Mbps revelada num outro estudo da empresa britânica. Tanto a MEO como a NOS tiveram velocidades 2 Mbps mais lentos que a mesma média mundial. 

Comparando com a UE, as velociades menores da NOS e da MEO prejudicaram a média portuguesa, que se fixou nos 19.9 Mbps. Nos países europeus as velocidades são superiores a 20 Mbps e em Espanha e Itália chegam a ultrapassar os 25 Mbps. 

Disponibilidade No entanto, a Vodafone Portugal não se destacou em todos os critérios da OpenSignal. A NOS “ofereceu uma concorrência feroz noutra das nossas métricas principais, a disponibilidade do 4G”. 

No que diz respeito a este critério, o utlizador normal de smartphone em Portugal foi capaz de aceder a uma rede 4G 71,4% do tempo. Um valor semelhante ao do Reino Unido, acima de França ou Alamanha, mas abaixo de Espanha (80,2%).