CTT. Cerca de 400 trabalhadores saem por “razões naturais”

Empresa anunciou a saída de 800 trabalhadores até 2020. Correios garantem que querem continuar atividade de serviço postal.

Cerca de metade dos 800 trabalhadores que estão previstos sair dos Correios até 2020 vão abandonar a empresa por “razões naturais”. A garantia foi dada pelo presidente executivo dos CTT, Francisco Lacerda no Parlamento, onde esteve a ser ouvido na comissão parlamentar de economia. De acordo com o responsável, por ano, saem cerca de 150 a 160 pessoas “por razões naturais”, apontando para casos de reforma ou outros. Desta forma, no conjunto de três anos, estarão em causa cerca de 450 saídas, num universo de 12 mil empregados.

Francisco Lacerda afirmou ainda que é “vontade” dos CTT “continuar a ser prestador do serviço público” postal. “Obviamente que sinto a responsabilidade de cumprir o serviço universal e sinto a responsabilidade para que a empresa tenha condições para ser sustentável, para assegurar os postos de trabalho como deve ser e remunerar adequadamente”, disse o gestor, acrescentando também que os CTT têm “por tradição” interagir com os autarcas quando procedem a encerramento de lojas e abertura de postos.

“Continua a ser uma prática”, garantiu, embora admitindo alguma “descoordenação” no início do ano, quando foi anunciado o encerramento de 22 lojas no país. A nossa ambição é ter uma boa qualidade” e população com serviço assegurado, disse Francisco de Lacerda, que recordou que os CTT estão presentes em “2361 sítios pelo país todo”, quer através de lojas, quer através de postos.

O presidente executivo dos CTT apontou algumas vantagens relativamente aos postos, que muitas vezes “têm horário mais alargado” do que as lojas dos Correios de Portugal, estando inclusivamente abertos nos sábados de manhã. S.P.P.