Operação Lex: “Não se compreende nos tempos que correm uma tão grande morosidade”

Joaquim Jorge, presidente do Clube dos Pensadores critica o facto de Rui Rangel e Fátima Galante ainda estarem em funções

"Os profissionais de justiça têm que se adaptar aos novos tempos e evoluírem", afirmou Joaquim Jorge, presidente do Clube dos Pensadores numa crónica no Notícias ao Minuto. "Todo o mundo em Portugal sabe que Rui Rangel e Fátima Galante foram constituídos arguidos menos o Conselho Superior de Magistratura", diz acrescentando que "tendo em conta a gravidade das suspeitas, não se percebe porque Rui Rangel e Fátima Galante se mantêm em funções"

Para o biólogo, "não se compreende nos tempos que correm, com acesso a informação quase em tempo real, uma tão grande morosidade". "A burocracia por vezes é bacoca", replica.

Joaquim Jorge afirma que com os processos que envolvem "José Sócrates, ex-primeiro-ministro, Armando Vara, ex-ministro, Oliveira e Costa, ex-secretário de Estado, Duarte Lima, ex-dirigente do PSD (…) banqueiros como Ricardo Salgado, gestores, procuradores, juízes, até, um ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente" estão a provar que "a justiça não olha a cargos, lugares e gente com posses, procurando tratar todos por igual", afirma.

"Dá a entender que querem ganhar tempo para proteger os seus", continua. "Os juízes não podem viver num mundo à parte de todos os portugueses: têm direitos e obrigações e devem ser tratados como todos os portugueses por igual".

Joaquim Jorge deixa ainda um elogio à Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, ao atribuir-lhe a responsabilidade pala evolução favorável da justiça.