Fenprof volta a pressionar ministério com regresso às greves

“A nossa opinião é de que o Ministério da Educação, neste momento, está a usar uma estratégia que é adiar as negociações”, referiu o secretário-geral da Fenprof

A falta de respostas por parte do governo quanto à negociação entre professores e o ministério, relativamente ao reposicionamento nas carreiras e a recuperação do tempo de serviço congelado, está a criar mal-estar no setor da educação.

Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em declarações ao ‘Diário de Notícias’ afirmou que se não houver mudanças brevemente que as greves regressarão já no terceiro período de aulas.

“A nossa opinião é de que o Ministério da Educação, neste momento, está a usar uma estratégia que é adiar as negociações”, afirmou. Em novembro houve uma declaração de compromisso que o secretário considerou “muito importante”, no entanto, a negociação está num impasse e não surgem novos avanços. “Abertura para discutir há, reuniões negociais marcadas não faltam. Já soluções, medidas… não está nada fechado mas está sempre tudo a ser adiado. E estar sempre a ser adiado não vamos permitir”, sublinhou.

O responsável realçou ainda que o mês de Fevereiro “tem de ser o mês da negociação das medidas” e que no final do segundo período, assinalado a 23 de março, “as coisas têm de ter uma solução à vista”. Caso as soluções não surjam, será proposto que “em março regresse a luta”, explicou, destacando que as greves voltarão.

Esta sexta-feira, as medidas de atuação serão discutidas no “plenário nacional de professores”, agendado para as 15h no Grande Auditório da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, professores e sindicatos irão discutir qual a sua posição perante o governo.