Morte de Natalie Wood de novo investigada

Marido foi considerado «pessoa de interesse» na reabertura do processo do afogamento da atriz em 1981.

A estrela de Fúria de Viver e West Side Story não sabia nadar. Mais de três décadas depois do corpo da atriz norte-americana de 43 anos ter sido encontrado a flutuar ao largo da ilha de Santa Catalina, na baía de Los Angeles, vestido apenas com uma camisa de noite de flanela, um casaco e meias, persistem as dúvidas se terá sido acidente ou homicídio. O relatório da autópsia inicial determinou uma causa da morte: «Afogamento acidental». Mais tarde concluiu-se que Natalie Wood poderá ter sido agredida antes de ter caído à água.

Seis anos depois da reabertura do caso que envolve um dos grandes mistérios de Hollywood, os investigadores do gabinete do xerife do condado de Los Angeles decidiram declarar o ator Robert Wagner, na altura marido da atriz, como «pessoa de interesse».

Quando o processo foi reaberto, o médico legista emendou a certidão de óbito da atriz de «afogamento acidental» para «afogamento e outras circunstâncias indeterminadas». Na altura da morte, em 1981, além de Wood e Wagner (hoje com 87 anos), estavam no iate Splendour o ator Christopher Walken e o comandante Dennis Davern. O processo foi reaberto porque Davern confessou, em 2011, que tinha mentido à Polícia na altura e que acreditava agora que Wagner era culpado. Na noite do incidente, o casal havia-se envolvido numa forte discussão.

«Nós sabemos, agora, que [Robert Wagner] foi a última pessoa a estar com Natalie antes de ela desaparecer», disse o tenente John Corina, da Polícia de Los Angeles ao correspondente da CBS, Erin Moriarty. «Ainda não o vi falar de um conjunto de detalhes a respeito dos quais coincidem todas as outras testemunhas ouvidas neste caso», notou  Corina, adiantando que era sua convicção que Wagner sabe mais acerca do que aconteceu a Nathalie Wood do que tem assumido. 

Ao contrário de Christopher Walken, que já voltou a depor, Wagner tem-se recusado a fazê-lo. O advogado do ator  entende o novo processo como um ato de «sensacionalismo». Segundo ele, Robert Wagner já colaborou com as autoridades o suficiente para o esclarecimento do caso, e já respondeu a todas as questões.