Fizz. Carlos Silva diz estar disponível para depor, mas por videoconferência ou Skype

Banqueiro diz que não tem nenhuma viagem prevista a Portugal e que pretende falar a partir de Luanda.

Poucas horas após o tribunal ter decidido fazer participação do Banco Privado Atlântico ao Banco de Portugal e à CMVM por recusar notificar o seu presidente, o banqueiro Carlos Silva entregou um requerimento no Campus da Justiça onde diz estar disponível para depor enquanto testemunha, mas a partir de Angola.

No início da sessão da tarde, o juiz Alfredo Costa lembrou que a carta rogatória para notificação de Carlos Silva em Angola já foi enviada e que ainda não teve resposta, sugerindo que não depende do tribunal tal notificação.

Aliás foi pela ausência de qualquer resposta que se tentou posteriormente notificar em Portugal Carlos Silva com vista a que viesse a tribunal, algo que não foi possível, uma vez que tanto o Banco Privado Atlântico (de que Carlos Silva é presidente), como o BCP (de que é vice-presidente) devolveram a notificação.

No requerimento hoje entregue, apesar de assumir cargos em Portugal tanto no BPA, como no Millenium BCP, Carlos Silva diz que não tem prevista qualquer deslocação a Lisboa nos próximos tempos, pelo que se disponibiliza para falar por videoconferência ou Skype, caso seja notificado formalmente em Luanda, onde tem a sua morada oficial.

“Como consta dos autos, e é público e notório, a sua morada pessoal localiza-se em Angola […] sem prejuízo de desempenhar cargos sociais não executivos em Portugal e noutros países”, refere-se no requerimento a que o SOL teve acesso.

É também afirmado que “por tal razão, somente naquela morada poderá ser notificado”. No requerimento pode ler-se que se houver “prévia e regular notificação” se mantém disponível.

O requerimento foi entregue à hora do almoço no tribunal pelo advogado Nuno Teodósio Oliveira, do advogado Castanheira Neves.

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