Mais um Super Bowl…

O Super Bowl é simultaneamente um ‘festival’ de publicidade e um concerto de elite, e a atuação de Justin Timberlake torna ainda mais memorável este dia

Trabalhar em marketing, comunicação e publicidade e não falar dos anúncios do intervalo do Super Bowl deve equivaler com certeza a um dos pecados capitais.

Eu confesso que não percebo nada de futebol americano, conheço o Tom Brady por ser marido da Gisele e pouco mais.

Mas a verdade é que o intervalo do Super Bowl é considerado o mais caro e valioso do mundo. 

Com uma audiência estimada de 100 milhões de espetadores, consta que a NBC cobrou cerca de 5 milhões por cada spot de 30 segundos.

Valores destes fazem com que as marcas escolham muito bem o seu conteúdo até porque o seu eco não é ‘só’ nos EUA, mas em todo o mundo.

E há uma tendência que podemos desde já destacar: anúncios com celebridades. Quanto mais vip for a celebridade mais impacto terá. Este ano tivemos Morgan Freeman (novamente como Deus), Peter Dinklage (de Game of Thrones), Matt Damon, David Harbour entre outros.

Para mim, e ainda neste trend  de celebridades, há três campanhas que se destacaram este ano.

Em primeiro lugar a campanha da Amazon em que a sua assistente especial Alexa perde a voz e tem que ser substituída por variadas celebridades entre elas Rebel Wilson, Gordon Ramsay ou Anthony Hopkins. 

Uma criatividade muito bem pensada aliada às pessoas certas para comunicar na mouche o produto. E como é notório um storytelling muito bem conseguido que garante que todos nos recordamos deste spot.

O outro que me cativou (talvez por me transportar aos belos anos 90 e à minha adolescência) é o novo filme da Pepsi. Enquanto patrocinadora do grande evento televisivo, a Pepsi recriou o famoso anúncio com Cindy Crawford numa bomba de gasolina e que bem continua a top model.

Por último Danny de Vito enquanto M&M – quem é que nunca o imaginou como M&M – e que casting perfeito. De hoje em diante, acho que sempre que vir M&M me vou lembrar do de Vitto e isto poderia ser considerado uma execelente prova do sucesso desta campanha.

Outros anúncios igualmente espetaculares ocuparam este intervalo e mereceriam destaque aqui mas não há linhas que cheguem para tanto. 

Muitos dirão que os valores cobrados são exorbitantes ou até que a atenção dada a este intervalo é desmesurada. No entanto, é inegável o a repercussão de tudo o que ocorre neste grande evento um pouco por todo o mundo.

Uma final de futebol que é simultaneamente um ‘festival’ de publicidade e um concerto de elite – não esqueçamos a atuação de Justin Timberlake a tornar ainda mais memorável este dia.

Por todos estes motivos, vale a pena prestar alguma atenção a este acontecimento e procurar online os melhores anúncios, não só deste ano, mas também dos que passaram. 

Para o ano há mais…não sei se com Tom Brady e Gisele ou não, mas sempre com o grau de espetacularidade que um Super Bowl impõe.

*Diretora Criativa Havas Sports & Entertainment