Esquerda e PS estão a fazer um “ataque ao estado social”, diz Rangel

Rangel acusa a “frente rosa-vermelha” de sacrificarem tudo em troca do “contentamento instantâneo” da “clientela”

Esquerda e PS estão a fazer um “ataque ao estado social”, diz Rangel

O eurodeputado socialista Paulo Rangel afirmou este sábado no Congresso Nacional do PSD que “o PS de Costa e os seus cúmplices de esquerda radical estão a perpetrar um enorme, um vastíssimo, um colossal ainda que por vezes disfarçado, ataque ao estado social.

Em causa está a dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que anunciou 500 milhões de euros em dívidas a fornecedores. “Por este caminho, está a chegar o dia em que o SNS deixará de ser o SNS e passará a ser o SNC: o serviço nacional de cativações”, criticou.

A “frente rosa-vermelha”, como chama à geringonça, fizeram a escolha de “poderem pôr em prática a sua política de curto prazo, que tudo sacrifica ao contentamento instantâneo de uma clientela, desinvistiram nas políticas de médio e longo prazo”, prosseguiu o eurodeputado. “O resultado mais trágico, sabemos nós, foi o desinvestimento em política de segurança interna de bens e pessoas”, referindo-se à “falta de meios para combate aos fogos” que existe hoje como um “triste exemplo”.

“O PSD não é socialista, nunca foi. Mas foi sempre um dos construtores de um Estado social e do seu consenso” afirmou Rangel. “O PSD, nem nos tempos mais amargos da troika, deixou os serviços públicos no osso, como deixa agora a geringonça”.

Para o ex-candidato à liderança apesar de ser “bom que Portugal esteja a crescer”, o país está “a crescer na cauda da Europa”, ou seja “cresce a reboque, por indução, porque o resto cresce”.

Paulo Rangel criticou ainda a posição dos eurodeputados do PS na votação das listas transnacionais, onde “todos os deputados do PS votaram a favor”. “Pode um partido que está coligado com dois partidos anti-europeus ser o rosto da Europa livre, democrática, justa, solidária na qual a acreditamos e pela qual fizemos tantos sacrifícios?”, questionou.

Ao partido, o eurodeputado que também já foi candidato à liderança, incentivou à união do partido porque “este não é nem o momento nem o tempo para batalhas virtuais, nem para mapas astrais”.