Federer celebra regresso ao topo do ranking com 97.º título

O tenista helvético despachou Dimitrov na final de Roterdão em apenas 56 minutos (duplo 6-2) e continua a fazer crescer a lenda

Começa a ser difícil arranjar adjetivos para qualificar a carreira de Roger Federer. Aos 36 anos e sete meses, e um dia antes de ver confirmado o regresso ao topo do ranking mundial – será o mais velho número 1 da história -, o mítico tenista suíço alcançou o 97º título de singulares da sua carreira, ao bater o búlgaro Grigor Dimitrov na final do ATP 500 de Roterdão. Mais, só outro nome lendário: Jimmy Connors, com 109. Este é já o segundo título de Federer em 2018, depois de ter entrado no ano a conquistar o Open da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada.

A final com Dimitrov, número 5 do mundo (quarto a partir de hoje), não teve grande história: desde o início se percebeu estar perante um confronto muito desigual. Federer dominou de início ao fim a seu bel-prazer, batendo o adversário por duplo 6-2, num encontro resolvido em apenas 56 minutos e que ficou marcado por uma série de sete jogos seguidos do helvético entre o final do primeiro set e o início do segundo. Federer voltou a mostrar muita qualidade no capítulo ofensivo, mas surpreendeu com a qualidade das movimentações, causando muitas dificuldades a Dimitrov. O búlgaro, que no somatório de jogos com Federer tem agora o indesejável score de 0-7, foi acumulando erros e perdendo a confiança, incapaz de apresentar argumentos para contrariar o favoritismo daquele que muitos consideram o melhor tenista de sempre.

Federer deixa a Holanda com mais de 10 mil pontos no ranking ATP e uma vantagem sobre Rafael Nadal que lhe garante a continuidade no topo do ranking ATP até, pelo menos, o final do Masters 1000 de Indian Wells, a meio de março. O suíço tem agora acumulados 10105 pontos, contra os 9760 do espanhol, e está assim defendido de um eventual “ataque” de Nadal, que joga dentro de uma semana o ATP 500 de Acapulco e, em caso de título, pode reduzir para menos de metade a diferença que o separa do novo número um. Isto, se Federer levar mesmo avante a promessa de não jogar no Dubai.

 

Objetivo foi ultrapassado No início do ano, após vencer o torneio da Austrália, Federer não conseguiu conter as lágrimas na hora do discurso da vitória. Desta feita, o suíço não chorou, mas admitiu que esta semana ficará para sempre na sua memória. “Muito obrigado. Mas que semana esta… absolutamente fantástica. O objetivo era chegar às meias-finais e acabei por ganhar o torneio, por isso estou muito, muito feliz”, asseverou.

Com o habitual cavalheirismo, Federer exaltou a prestação do adversário – “Tenho a certeza de que te vou ver por aí!”, atirou mesmo a Dimitrov -, antes de ser questionado sobre quantas mais vezes pensava voltar a disputar esta competição. “Não sei durante quantos mais anos vou continuar a jogar, mas espero poder voltar a Roterdão. Esta é uma semana que nunca mais vou esquecer, por isso muito obrigado a todos!”, sentenciou.