40 mil trabalhadores tiveram as carreiras descongeladas em janeiro e fevereiro

O ministério das Finanças justificou os atrasos no pagamento dos descongelamentos com problemas informáticos. Frente Comum criticou a falta de condições para se processarem as posições remuneratórias

Cerca de 40 mil trabalhadores viram os seus salários aumentarem na sequência do descongelamento das carreiras nos dois primeiros dois meses deste ano, anunciou em comunicado o Ministério das Finanças, prevendo que o número poderá "pelo menos duplicar" em março. 

"Todas as áreas governativas já começaram a concretizar o descongelamento das carreiras para os seus trabalhadores", anunciou o ministério liderado por Mário Centeno. 

Para justificar os atrasos do pagamento dos descongelamentos, o ministério afirmou que "os serviços apenas tiveram que parametrizar os sistemas informáticos de processo salarial", o que resultou "em muitos serviços a reversão dos cortes" apenas se ter registado em fevereiro e março. 

Ainda que o problema tenha tido por base questões informáticas nos vários serviços, o ministério das Finanças não deixou de ser criticado. Após a reunião com a secreterária de Estado da Administração e Emprego Público,  Ana Avoila, dirigente da Frente Comum, disse aos jornalistas que "não faz nenhum sentido que os pagamentos não tenham chegado a todos os funcionários. Crio que nada justifica isto". A dirigente considera que se a "lei é complexa, então tinha-a feito de outra forma", não aceitando "que os serviços não tenham condições para fazer o processamento das posições remuneratórias".