Dona da SIC com prejuízos de 21,6 milhões de euros

 Resultado do reconhecimento de imparidades que ultrapassaram os 21 milhões com a venda das revistas. 

 O grupo Impresa registou um prejuízo de 21,6 milhões  em 2017, resultado do reconhecimento de imparidades que ultrapassaram os 21 milhões com a venda das revistas.

Estas foram vendidas em janeiro por 10,2 milhões daí o encaixe com a operação só será refletido nas contas deste ano. Caso contrário, a Impresa terá fechado o ano com lucro de 1,5 milhões de euros.

O EBITDA da dona da SIC e do Expresso caiu 11% para 13,8 milhões de euros, enquanto a margem de EBITDA recuou de 7,5% para 6,8%.

Em termos de receitas, a Impresa reportou uma quebra de 2% para um total de 201,8 milhões de euros, num período em que a maior quebra foi registada na área de publishing (-4,7%). A outra área onde as receitas caíram foi na televisão, com o volume de negócios gerado por esta unidade a recuar 1,6% para um total de 153,7 milhões de euros.

A travar a queda das receitas esteve a publicidade, onde o volume de negócios aumentou até 2,6%, tudo o resto registou quebras, com especial destaque para as "outras receitas" onde se incluem os produtos alternativos e as chamadas de custo adicional.

O grupo revela ainda uma quebra de 0,5% das receitas de circulação, destacando-se o impacto do aumento do preço de venda da maioria das publicações e o crescimento das receitas provenientes das assinaturas.  

"O ano de 2017 foi marcado por uma profunda reorganização do Grupo IMPRESA, que culminou com a alienação do portfolio de revistas, em janeiro de 2018, que penalizou a evolução dos custos operacionais. Estes, apesar das poupanças em áreas como as despesas com pessoal, foram afetados pelos custos com restruturação e reforço de imparidades para cobranças", revelou o grupo.

Os custos com reestruturação atingiram 5,3 milhões em 2017, cerca do dobro do registado em 2016. Globalmente, os custos operacionais em 2017, sem amortizações e imparidades de ativos não correntes, desceram 1,3% em relação a 2016. Ajustando os custos de reestruturação, a descida foi de 2,8%. No 4º trimestre, os custos operacionais ajustados desceram 2,5%. O EBITDA consolidado, ajustado dos custos de reestruturação, em 2017, atingiu os 19,2 mihões, o que representa um ganho de 5,6% relativamente ao valor registado no ano anterior, com ganhos refletidos por todos os segmentos do grupo. 

Em 2017 o investimento atingiu os 3,7 mihões, valor que inclui a expansão do edifício IMPRESA, que teve início em março de 2017, e que irá permitir a concentração nas mesmas instalações de todas as áreas do grupo na grande Lisboa. "Estima-se que o processo venha a estar concluído no 4º trimestre de 2018. O volume de amortizações subiu 4,3%, para 3,6 mihões, em 2017, como resultado do aumento dos investimentos nos últimos anos", salienta. 

A dívida líquida, incluindo locações financeiras, cifrou-se em 178,4 milhões, ou seja, uma redução de 4,8 milhões face ao valor obtido em 2016. 

A Impresa garante ainda que o "redimensionamento do grupo "no início de 2018 e as medidas de reestruturação implementadas durante os últimos trimestres, inseridas num contexto macroeconómico mais favorável, permitem antever o reforço da rentabilidade do grupo em termos de EBITDA e resultados líquidos em 2018, e deste modo alcançar o cumprimento dos objectivos do plano estratégico."