Ana Gomes: “pinky submarine” do PS promove ódio a Israel

1.Para nós, foi a notícia que marcou o fim de semana passado: como sempre, foi divulgada em primeira mão pelo SOL e inexplicavelmente ignorada pelos restantes órgãos de comunicação social nacionais. Percebe-se porquê: porque a envolvida foi a indescritível, bizarra e personagem trágico-cómica que é a eurodeputada socialista Ana Gomes. Acaso o protagonista fosse do…

1.Para nós, foi a notícia que marcou o fim de semana passado: como sempre, foi divulgada em primeira mão pelo SOL e inexplicavelmente ignorada pelos restantes órgãos de comunicação social nacionais. Percebe-se porquê: porque a envolvida foi a indescritível, bizarra e personagem trágico-cómica que é a eurodeputada socialista Ana Gomes. Acaso o protagonista fosse do PSD ou do CDS, a comunicação social dominante em Portugal teria ido à loucura: político do PSD promove académico e político extremista. Como é Ana Gomes, tudo se desculpa, tudo se perdoa – e tudo (inclusive!) se elogia.

Não há poucos dias, ouvimos um jornalista português a afirmar que Ana Gomes goza de um prestígio internacional exemplar. Como??? Onde? Na Associação dos Amigos de Mao Tsé-Tung? No International Board of Cultural Revolution Friends? Só para este jornalista, “sucesso internacional” significa sucesso nessa federação de interesses que tem a sua sede ali para os lados do Largo do Rato! E, mesmo assim, segundo sabemos, Ana Gomes não é propriamente uma figura muito popular entre as bases socialistas…

2.O que fez então a “pinky submarine” (a senhora só pensa em guerras e submarinos: não o yellow submarine, mas o “pinky submarine” em homenagem ao PS – ou então o “red submarine” , submarino vermelho, em tributo ao seu líder espiritual, Mao) do PS? A Senhora Ana Gomes resolveu convidar o extremista e fanático académico Omar Barghouti para promover as suas teses de hostilização permanente a Israel como meio de dizimar a única democracia a sério do Médio Oriente – e, por conseguinte, assegurar a constituição de um só Estado (a Palestina, claro está). Este activista político, fanático e radical, disfarçado sob as vestes académicas, propõe medidas tão pacíficas como o boicote a produtos israelitas, o isolamento internacional de Israel, o desinvestimento em Israel- tudo para provocar a ruptura deste Estado por via da ruptura da sua sociedade.

Em termos claros: Omar Barghouti advoga que, primeiro, se deverá lançar o caos na sociedade israelita, matar por meios pacíficos os cidadãos israelitas – para depois anexar Israel ao Estado Palestiniano. Não por acaso Barghouti é um novo ídolo das elites iranianas…Há até quem defenda que o seu movimento – que se designa mesmo como “Desinvestimento, Boicote e Sanções” – é patrocinado, em grande medida, pelas autoridades iranianas.

3.Como se não bastasse, Ana Gomes – mantendo o seu tom anti-israelita e anti-semita – proclamou que as críticas à realização da sua conferência eram uma pura manifestação de um lobby israelita “perverso e mentiroso”. Ora, tais palavras vindas de uma eurodeputada socialista que é, ela própria, perversa (porque não olha a meios para atingir os seus fins pessoais) e mentirosa (alguma vez disse algo verdadeiro?) – são manifestamente irrelevantes.

Importaria saber o que diz o PS e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva (homem moderado e sensato) sobre a iniciativa da sua camarada de partido. Um facto já é indesmentível: Ana Gomes embaraçou Portugal e os portugueses, ao colar-se a um movimento extremista e que se limita a espalhar o ódio pelo mundo.

O que seria acaso um político do PSD aparecesse em conferência de alguém que promove o anti-semitismo internacional? Seria certamente abertura de telejornais e alvo de uma censura incondicional dos jornalistas e comentadores de esquerda (bem como dos da direita convertidos ao sistema de interesses dominante). Aguardamos, pois, pela censura de Ana Gomes pelos  verdadeiros democratas (ainda resta algum?) do PS. No mínimo, restará ao PS retirar esta senhora da lista de candidatos ao Parlamento Europeu nas próximas europeias.

4.Como seria expectável, a realização da conferência correu mundo, sendo associada a uma eurodeputada portuguesa: o nome da nossa Pátria ficou, pois, indelevelmente associada a esta vergonhosa iniciativa. Ana Gomes deve um pedido de desculpas aos portugueses.

E ao povo israelita que ofendeu: note-se que não se discutiu o processo de paz no Médio Oriente na conferência da “pinky submarine”; apneas se discutiu a melhor forma de aniquilar o Estado israelita. Por uma vez na sua vida, Ana Gomes, tenha vergonha! Pelo menos, não embarace mais Portugal e os portugueses!

joaolemosesteves@gmail.com