E-Toupeira. Conhecidas medidas de coação

Paulo Gonçalves fica em liberdade mas impedido de contactar com os outros arguidos. José Silva fica em prisão preventiva.

O assessor jurídico do Sport Lisboa e Benfica, Paulo Gonçalves, fica em liberdade mas está impedido de contactar com os outros arguidos do caso.

Já o técnico informático José Silva fica em prisão preventiva.

Recorde-se que a Polícia Judiciária deteve José Silva e Paulo Gonçalves esta terça-feira no âmbito da operação E-Toupeira, que investiga o acesso a informação relativa a processos de Justiça a troco de contrapartidas ilícitas a funcionários.

O objetivo da investigação era apanhar todos os suspeitos de surpresa para que ninguém conseguisse alertar os outros intervenientes. De acordo com o comunicado da PJ, foram realizadas 30 buscas “nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios”. 

Ambos os arguidos são suspeitos dos crimes de corrupção ativa e passiva, respetivamente, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal. Também o funcionário judicial Júlio Loureiro e o empresário de futebol Óscar Cruz foram constituídos arguidos.

Na base desta investigação – que teve início há seis meses e já foi batizada pela PJ como Operação e-toupeira – estão as suspeitas da existência de uma rede montada por Paulo Gonçalves junto de funcionários judiciais para que estes, em troca de contrapartidas, recolhessem informações sobre processos que envolvem o clube da Luz e os seus rivais. Os contactos deste responsável benfiquista acediam a plataformas online que continham dados importantes sobre os procedimentos judiciais e passavam informação confidencial ao assessor jurídico dos encarnados. Um dos processos é o caso dos emails, que tem como base um alegado esquema de corrupção de árbitros.

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