Tiago Cruz top-10 na Quinta de Cima

O 1º Quinta de Cima Classic, no Algarve, de 10 mil euros em prémios monetários, foi algo aziago para os portugueses.

Ricardo Santos, uma das estrelas do Portugal Pro Golf Tour, com dois títulos conquistados nesta temporada de 2017/2018, foi desclassificado.

Filipe Lima, atleta olímpico e campeão nacional, que reside em França, regressou a Portugal e não conseguiu melhor do que um 13.º lugar (+6), empatado com Miguel Gaspar.

Salvou-se Tiago Cruz, o único dos oito portugueses em prova a terminar no top-10, em 10º, com 148 pancadas, 4 acima do Par, após duas voltas de 74.

«Senti dificuldades nos putts», disse Cruz à Tee Times Golf. «O jogo também não ajudou, estive mal do ‘tee’, o que me prejudicou o ‘shot’ ao ‘green’, daí a baixa quantidade de birdies em 36 buracos (3)», escreveu na sua conta profissional de Facebook.

Diga-se que o principal obstáculo foi sobretudo o vento forte, mais acentuado no primeiro dia do que no segundo e ainda caiu alguma chuva.

Essa foi a principal explicação para os resultados generalizados não terem sido nada famosos e no final dos 36 buracos regulamentares nenhum dos 57 jogadores tinha batido o Par do desenho de Rocky Roquemore.

O título foi decidido num ‘play-off’ entre quatro jogadores que empataram no final da segunda volta com 145 pancadas, 1 acima do Par.

No desempate, o inglês Craig Farrelly (voltas de 73 e 72) bateu o seu compatriota Bem Parker (75+70), o suíço Marc Dobias (74+71) e o belga Hughes Joannes (77+68), este último um grande amigo de Pedro Figueiredo e de Ricardo Melo Gouveia.

Foi o segundo título de Craig Farrely, de 44 anos, depois do averbado no 1º Pinheiros Altos Classic, em dezembro, também no Algarve.

O veterano inglês está a tirar a barriga de misérias neste Portugal Pro Golf Tour de 2017/2018, pois trata-se de um jogador que ao longo da sua carreira tem arrancado diversos top-10 em circuitos relevantes como o Alps Tour, o EuroPro Tour e o Jamega Pro Golf Tour, mas faltava-lhe este prazer especial de levantar um troféu internacional, para além, obviamente, do sabor do cheque de dois mil euros que premia cada vitória no circuito português.

O Portugal Pro Golf Tour regressou à Quinta de Cima, nos arredores de Tavira, um campo desafiante por onde já tinha passado o Algarve Pro Golf Tour, o circuito satélite que antecedeu o atual e que já então resultava de uma parceria entre a PGA de Portugal e o Jamega Pro Golf Tour britânico.

O Quinta de Cima Golf Course, inserido no resort de dois campos da Quinta da Ria, tem acolhido competições importantes do Ladies European Tour, European Senior Tour, EuroPro Tour e agora Portugal Pro Golf Tour.

Em todos esses eventos mostrou ser um traçado competitivo e Tiago Cruz confirmou que «os ‘fairways’ e os ‘tees’ estiveram em boas condições».

O ex-bicampeão nacional apontou apenas «a lentidão dos greens, que não ajudou o ‘putt’», assinalando ainda que o facto de a relva «estar mais alta no green fazer com que seja mais difícil perceber se a bola vai seguir a linha que estamos a ver».

Os resultados dos jogadores portugueses no 1º Quinta de Cima Classic foram os seguintes:

10º (empatado) Tiago Cruz, 148 (74+74), +4

13º (empatado) Filipe Lima, 150 (80+70), +6

13º (empatado) Miguel Gaspar, 150 (75+75), +6

26º (empatado) Tomás Silva, 154 (78+76), +10

28º Alexandre Abreu, 155 (81+74), +11

34º (empatado) João Ramos, 158 (79+79), +14

39º (empatado) Tomás Bessa, 159 (81+78), +15

46º (empatado) José Nicolau Melo, 162 (82+80), +18

O segundo torneio do 7º ‘Swing’ do Portugal Pro Golf Tour começa já no dia 8 de março – o 1º Quinta do Vale Classic, em Castro Marim, de 10 mil euros em prémios monetários.

Hugo Ribeiro / Tee Times Golf