O primeiro-ministro reconheceu esta sexta-feira que o seu Governo tem poucas ministras.
Durante uma entrevista ao jornal digital Ação Socialista, António Costa foi confrontado pela jornalista Maria Elisa com o facto de ter apenas três ministras quando existem 17 Ministérios. “Manifestamente são poucas [mulheres], claramente há um desequilíbrio grande que tem a ver com fatores diversos, desde logo de um caminho que se tem de ir fazendo para aumentar o número de mulheres ativamente a participar na vida política", alegou.
No entanto, Costa lembra que “desde que António Guterres introduziu a lei da paridade, já se fez um grande caminho". "E agora, nas câmaras, na Assembleia da República, ou no Parlamento Europeu, há uma representação superior a 33 por cento de um dos géneros", acrescentou.
O primeiro –ministro caracterizou temas como "igualdade salarial e da violência doméstica como os dois maiores desafios em matérias de igualdade de género".
"A questão da igualdade salarial é particularmente complexa, porque a lei proíbe a desigualdade, mas na prática não é assim. E curiosamente não é assim quanto mais alta é a função profissional e mais qualificadas são as pessoas", afirmou, revelando que está em curso uma proposta para corrigir este problema, "através de uma obrigatoriedade de dar mais transparência às condições remuneratórias em cada empresa e, por outro lado, com a inversão do ónus da prova sobre as empresas".
