Professores do ISCSP também não querem Passos Coelho com cargo catedrático

Primeiro foram os alunos, agora são os professores. Já há um documento com 685 assinaturas contra o cargo que foi dado a Pedro Passos Coelho no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

A nomeação de Passos Coelho como professor catedrático convidado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) continua a reunir vários opositores. Além dos alunos, também os professores deste estabelecimento de ensino estão contra esta nomeação.

Um grupo de 28 professores e investigadores universitários lançou uma petição contra o cargo que foi atribuído ao antigo primeiro-ministro de Portugal, que vai começar a dar aulas de Administração Pública, ao alunos de mestrado e doutoramento do ISCSP.

O documento já conta com 685 assinaturas, e nele os peticionários explicam que "muito embora não constitua uma ilegalidade, a referida nomeação configura em si mesma uma ofensa à dignidade dos profissionais da ciência e do ensino em Portugal, particularmente no atual momento em que vivemos: há doutorados a dar aulas sem remuneração e uma precariedade gritante na investigação, que está longe de encontrar o fim".

Vários dos subscritores da petição, alguns com nomes relacionados com a esquerda, pedem esclarecimentos à Presidência da República, à Assembleia da República, ao primeiro-ministro, ao ministro da Educação e Ciência, ao reitor da Universidade de Lisboa, ao conselho cientifico do ISCSP, aos docentes e investigadores sobre toda esta situação.

Além disso, os peticionários chamam ainda a atenção para o facto de o ex-líder do PSD vir a desempenhar funções, para as quais não está habilitado, uma vez que não tem os graus académicos suficientes, mas sim apenas a licenciatura em Economia pela Universidade Lusíada.