Dia Mundial do Sono. “O maior risco é a falta de respeito que se tem pelo sono”

“Em Portugal, ainda não se valoriza o sono como algo essencial para o nosso bem-estar”, alertou o presidente da Associação Portuguesa do Sono

“O maior risco é a falta de respeito que se tem pelo sono. Em Portugal, ainda não se valoriza o sono como algo essencial para o nosso bem-estar”, alertou o presidente da Associação Portuguesa do Sono, Joaquim Moita.

Em declarações à Lusa, Joaquim Moita frisou que se não houver qualidade de sono podem aparecer vários problemas de saúde, como por exemplo problemas cardíacos. “Em cada dez AVC, três ou quatro são indivíduos com apneia do sono”, referiu.

“Achamos que trabalhar é mais importante que dormir. Mas depois qual vai ser a rentabilidade no trabalho? O que é que se produziu do ponto de vista físico e intelectual? Se não dorme oito horas, a rentabilidade é mais baixa, e as empresas regem-se cada vez mais pela rentabilidade do que pelo número de horas”, sublinhou.

Para assinalar o Dia Mundial do Sono, Joaquim Moita pediu aos portugueses para dormirem oito a nove horas por dia e referiu ainda que existem hábitos que podem prejudicar a qualidade do sono, porque o corpo humano começa a produzir cortisol – hormona ligada à atividade e movimento – e por volta das 21h começa a libertar melatonina – hormona ligada ao sono. Assim, hábitos como estar em frente ao computador ou televisões podem inibir a libertação de melatonina e prejudicar a qualidade do sono.

Joaquim Moita frisou ainda que deve haver horários estipulados. “Há uma hora para descansar e uma hora para estar acordado, mas as sociedades modernas não respeitam muito esses nossos relógios e ritmos. É preciso combater essa desregulação”.