Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte macho, faleceu

“Ele era um gigante gentil, a sua personalidade era simplesmente fantástica e dado o seu tamanho imensa gente tinha medo dele. Mas não havia nenhuma maldade nele”, disse Elodie Sampere, representante da reserva de Ol Pejeta

Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte macho, morreu. Tinha 45 anos. Agora, da espécie, restam apenas duas fémeas, filha e neta, que os especialistas em conservação de espécies esperam poder salvar a espécie da extinção. 

O rinoceronte era apelidado de "gigante gentil" e vivia na reserva Ol Pejeta, no Quénia. O animal foi abatido ontem no seguimento de uma doença degenerativa que lhe estava a causar imensa dor, prolongando o sofrimento até, por fim, falecer. 

Para tentar preservar a espécie, e antes de Sudan morrer, os especialistas retiraram-lhe material genético para mais tarde poderem inseminar as duas fémeas por meio de "avançada tecnologia de genética" e fertilização in vitro. 

A espécie de Sudan foi consecutivamente perseguida por caçadores durante a era colonial e, recentemente, pelos seus chifres, que no mercado negro são bastante cobiçados. Sudan foi um dos poucos rinocerontes que sobreviveu à quase extinção na década de 70. Nasceu em 1973 no Sudão, foi transferido para o zoo de Dvůr Králové, na República Checa, e lá viveu até retornar a África em 2009, desta vez para a reserva queniana. 

"Ele era um gigante gentil, a sua personalidade era simplesmente fantástica e dado o seu tamanho imensa gente tinha medo dele. Mas não havia nenhuma maldade nele", disse Elodie Sampere, representante da reserva de Ol Pejeta.