Costa quer mudar PAC para conseguir dinheiro da UE para as florestas

Primeiro-ministro disse, em entrevista à “Visão”, que o “apoio envolvendo a União Europeia obviamente ajudaria à concretização” da reforma florestal 

"Neste momento, em que vamos entrar num novo ciclo, seria positivo que a política agrícola, que tem uma dimensão de desenvolvimento rural, tivesse em conta esta necessidade", a de compensar as quebras de rendimentos que as pessoas irão ter ao substituir "espécies de crescimento rápido" por "espécies que geram rendimentos a 20 ou 50 anos", disse António Costa em entrevista à revista Visão.

Para o primeiro-ministro, o apoio da União Europeia na compensação das quebras de rendimentos "ajudaria à concretização" da substituição da composição da floresta, uma vez que "a reforma florestal tem custos elevados", reforçou, não só em "matéria de cadastros" ou "de substituição da composição da floresta" mas também "do ponto de vista da perda de rendimentos, porque um dos problemas básicos que existem será a diminuição do peso que tem o pinho ou o eucalipto" na economia da floresta.

Costa recorda que "a PAC já prevê hoje, para outro tipo de culturas, medidas de apoio à quebra de rendimentos" e acrescenta que o governo apresentou "à Comissão Europeia um projeto-piloto para ser financiado no âmbito da política regional". "Na altura, o entendimento da Comissão foi o de que isto não era matéria de política regional, era matéria de política agrícola, e que a política agrícola não cobre a floresta", disse ainda Costa.