Samsung estima lucro recorde

A Samsung Electronics estima os lucros tenham atingido os 12 mil milhões de euros nos primeiros três meses do ano. 

De acordo com as estimativas, divulgadas esta sexta-feira, pela multinacional sul-coreana, os resultados ficam assim 57,6% acima do que foi o resultado em igual período do ano passado.

Na origem destes resultados estarão as vendas do Galaxy S9 e de memórias DRAM. Ainda assim, as contas oficiais apenas serão apresentadas no dia 26.

Um estoiro ‘galáxico’

No final de 2016, a gigante sul-coreana viu-se obrigada a anunciar o fim da produção do Galaxy Note 7. O tão aguardado Galaxy Note 7 Nasceu para ajudar a Samsung a concorrer com a Apple e era uma das grandes apostas da empresa sul-coreana. No entanto, acabou por se transformar num desastre para os responsáveis da empresa. Depois de se multiplicarem casos em que o dispositivo explodiu, a Samsung decidiu colocar um ponto final na produção deste equipamento.

Mas para muitos analistas, o problema não era apenas a perda de receitas ou o que teria de ser gasto a recolher os equipamentos. Em cima da mesa estava, sobretudo, a preocupação quanto à reputação da empresa. No entanto, os resultados da empresa mostram que o mercado continua a dar resposta positiva aos produtos da marca.

Luta de gigantes

Na altura, o Galaxy Note 7 tinha o objetivo de competir com o iPhone 7. A Samsung quis adiantar-se no lançamento do novo modelo, mas nada correu como previsto. Na realidade falamos de uma guerra muito antiga. As empresas chegaram a ser notícia por se acusarem mutuamente de copiarem os designs e também as tecnologias dos dispositivos móveis. No final de 2014, a Samsung era a maior empregadora no mundo da tecnologia. Neste ano, a empresa empregava mais de 275 mil pessoas, cinco vezes mais que a Google. Em 2012, por exemplo, já muito a Apple se preocupava com o crescimento das vendas das marcas concorrentes, nomeadamente, da Samsung. Neste ano, segundo o Gartner Group, a sul-coreana fechava com 32% do mercado mundial de smartphones, contra os 20% da Apple.

Com a morte de Steve Jobs, fundador da marca com o emblema da maçã, o mercado mudou ainda mais depressa. Tinha passado apenas um ano desde a morte do “génio” e já havia mudanças significativas no mercado. Nos EUA, uma pesquisa divulgada, no início de 2013, pela empresa Buzz Marketing Group mostrava que a Apple já não era unânime entre os mais jovens.

Também a Forbes, por esta altura, citava números do banco de investimento Piper Jaffray que mostravam que 67% dos adolescentes americanos queriam ter um iPhone. Um ano antes, a preferência pela Apple era de quase 100%.