JP. “Não viemos de helicóptero nem estivemos só 6 minutos”

Entre o espírito solidário com as zonas afetadas e o espírito de oposição contra o governo, a jota foi a Leiria

A Juventude Popular plantou cerca de 300 pinheiros-bravos no Pinhal de Leiria, numa ação que contou com a presidente do CDS, Assunção Cristas, e que deriva de uma parceria da jota dos centristas com a Quercus.

Numa ação iniciada em novembro do ano passado, em reação aos trágicos incêndios do verão e de outubro, a JP já angariou mais de dois mil euros a partir da venda de pulseiras solidárias. A campanha de reflorestação chama-se “Semear Portugal” e não é raro encontrar deputados do partido com a pulseira verde no pulso na Assembleia da República. “Plante uma árvore, cultive a esperança” é a frase que serve de mote.

Não viemos de helicóptero

Escutado pelo i, o líder da JP, Francisco Rodrigues dos Santos, é bem direto: “Não viemos de helicóptero pago pelo contribuinte nem a lavoura durou 6 minutos e 47 segundos. Pegámos na enxada, sujámos as mãos e substituímos o negro pelo verde com a plantação de novos pinheiros”, atirou, contra a brevidade com que o primeiro-ministro participou numa ação de limpeza de matas do governo.

“Continuaremos a recolher fundos através da venda de pulseiras, de norte a sul e ilhas, de modo a replicarmos iniciativas deste cariz nos concelhos onde as chamas consumiram a floresta”, assegura, em contraponto, Rodrigues dos Santos.

“A conservação e proteção da natureza é associada ao conservadorismo em que acreditamos. Somos inquilinos temporários neste planeta, pelo que nos assiste um dever moral de deixarmos uma casa habitável às gerações futuras, não ruínas”, continua, ainda ao i, e de discurso também focado na oposição ao governo.

“Quando o Estado falha, a sociedade civil não pode cruzar os braços. Perante a ausência de planos do governo para as áreas afetadas, a JP quer responder com empreendedorismo social, com ações solidárias movidas por um espírito altruísta”, conclui Rodrigues dos Santos.