1.º Obidos Ladies Open. Campeã e vice-campeã nacionais Francisca Jorge e Maria João Koehler eliminadas da qualificação

Nenhuma das 10 portuguesas inscritas no qualifying chegou à última ronda da fase prévia

Francisca Jorge, Maria João Koehler e Cláudia Gaspar foram eliminadas na segunda ronda da fase de qualificação do 1.º Obidos Ladies Open, torneio internacional feminino, a contar para o ranking mundial, de 25 mil dólares em prémios monetários, cerca de 20 mil euros, a decorrer na Guardian Bom Sucesso Tennis Academy.

Como hoje não choveu, o ambicioso programa foi cumprido e o ‘qualifying’ está praticamente concluído, faltando apenas fechar o encontro entre a britânica Emily Appleton, a 11ª cabeça de série, e a romena Karola Bejenaru. De resto, passaram ao quadro principal a chinesa de Taipei (Formosa) Lee Pei-Chi (2.ª cabeça de série), a britânica Maia Lumsden (3.ª), a espanholas Maria Ribera (5.ª) e Cristina Bucsa (6.ª), a francesa Victoria Muntean (14.ª), a britânica Freya Christie (16.ª) e a russa Anastasia Kulikova, a única não cabeça de série a seguir para o quadro principal.

O dia até começou positivo para as portuguesas, com Cláudia Gaspar a vencer o terceiro set do duelo de mais de três horas com a sueca Karterina Filip, com os parciais de 6-2, 6-7 (5/7) e 6-4. Juntou-se a Francisca Jorge e a Maria João Koehler na segunda ronda, mas depois todas foram eliminadas nessa fase. A vice-campeã nacional, Koehler, a mais consagrada das portuguesas em competição, foi a que mais equilíbrio denotou no seu encontro mas perdeu por 6-4 e 6-4 diante da 12.ª cabeça de série, a bielorrussa Yuliya Hatouka. A campeã nacional, Jorge, soçobrou diante da 13.ª cabeça de série, a alemã Lisa Ponomar, por 6-2 e 6-4. Finalmente, Gaspar foi afastada pela segunda cabeça de série, Lee Pei-Chi, por 6-2 e 6-1.

Das três jogadoras portuguesas na segunda ronda da qualificação, a única que já provou ter um estilo que possa adaptar-se facilmente ao piso de relva sintética é Maria João Koehler, ao conquistar um dos seus três títulos internacionais em courts semelhantes, no Cantanhede Ladies Open de 2009, de 10 mil dólares em prémios.

Simplesmente, a antiga hexacampeã nacional não teve oportunidade de treinar neste piso. A chuva que caiu nos dias anteriores fez com que todas as abertas fossem usadas quase exclusivamente para competição e não para treinos. Já a sua adversária, pelo contrário tinha disputado o ‘Torneio Wild Card’ antes deste ‘qualifying’, pelo que, apesar de tudo, estava mais adaptada às condições de jogo.

O 1.º Obidos Ladies Open prossegue na quarta-feira, a partir das 10 horas e está programado o último duelo da qualificação e o início dos quadros principais de pares e de singulares, sendo que as portuguesas só irão jogar pares neste dia, se o tempo o permitir. As previsões meteorológicas são terríveis e tudo indica que a chuva irá voltar em força.  

DECLARAÇÕES

Cláudia Gaspar (jogadora do Centro Internacional de Ténis de Leiria que treina no LX Team, em Lisboa): «O court hoje estava muito mais molhado e foi duro fechar o terceiro set (da primeira ronda) mas foi uma boa vitória. Venho aqui para aprender, treinar rodar, ganhar competitividade. Eu sempre fui uma jogadora de terra batida e isso é uma das coisas em que posso melhorar, é ser mais agressiva, quer no serviço, quer em pegar a bola quando está mesmo no ponto mais alto».

Maria João Koehler (ex-n.º 102 do ranking mundial e seis vezes campeã nacional): «Tive alguma dificuldade em adaptar-me ao piso. Ela, no início, deu-me alguns pontos gratuitos (daí MJK ter liderado por 3-0 no primeiro set), mas à medida que fomos jogando as bolas foram ficando mais pesadas, por o campo estar muito molhado, e senti que nunca consegui adaptar-me ao piso, pois só hoje pude fazer o aquecimento aqui. Ela, pelo contrário, estava com mais ritmo, jogou aqui o ‘Torneio Wild Card’, é uma jogadora que aposta em tirar tempo à adversária, joga rápido e eu não estava muito coordenada e com o timing propício a estas condições. Não correu tão bem quanto eu queria, mas é o primeiro encontro, vou jogar pares esta semana, tentar adaptar-me mais ao piso, vão ser três semanas aqui e seguimos na luta».