Fábrica da antiga Triumph vai a leilão por 5,7 milhões

A 24 de janeiro, a fábrica de Loures, que produzia roupa interior, foi encerrada e a TGI decretada insolvente, situação que levou ao despedimento coletivo de quase 500 trabalhadores, maioritariamente mulheres.

As instalações, a frota e os equipamentos da antiga Triumph, que está insolvente, vão ser leiloadas no dia 3 de maio, com um preço base de 5,7 milhões, segundo adianta a leiloeira responsável pela venda.

No documento, publicado na página da internet, a leiloeira explica que a ideia é vender os bens no conjunto, mas que, caso isso não seja possível, a venda será feita separando o imóvel dos bens móveis, que serão vendidos lote a lote.

 A empresa alemã Triumph possuía uma fábrica em Sacavém, concelho de Loures, que foi adquirida em setembro de 2016 pela empresa Têxtil Gramax Internacional (TGI), uma sociedade portuguesa de capital suíço.

A 24 de janeiro, a fábrica de Loures, que produzia roupa interior, foi encerrada e a TGI decretada insolvente, situação que levou ao despedimento coletivo de quase 500 trabalhadores, maioritariamente mulheres.

O processo de venda da Triumph à TGI, que decorreu durante um ano, chegou a ser muito contestado pelos trabalhadores e pela Câmara Municipal de Loures, que temiam que a fábrica encerrasse definitivamente.

Depois de concluída a venda, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, deslocou-se em janeiro de 2017 à fábrica e congratulou-se por esta continuar a laborar em Portugal e manter os postos de trabalho.

No entanto, em novembro desse ano, a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que iria ocorrer um processo de reestruturação, que previa o despedimento de 150 pessoas.

No íncio de janeiro, depois de tomarem conhecimento de que a administração tinha dado início a um processo de insolvência, as trabalhadoras iniciaram uma vigília de 20 dias à porta da fábrica, tendo durante esse período vários deputados, autarcas e sindicalistas se deslocado ali para levar mantimentos e demonstrar a sua solidariedade.

A partir de 16 de fevereiro, as trabalhadoras da antiga Triumph começaram a receber o subsídio de desemprego, num processo que decorreu de forma mais "célere" depois de várias negociações entre o sindicato e o Governo.