António Costa. “Os portugueses merecem e têm direito a ter mais e melhor SNS”

Primeiro-ministro falou sobre a reforma da saúde

António Costa falou esta segunda-feira sobre a reforma da saúde em Portugal, enumerando alguns dos aspetos mais importantes.

Segundo o primeiro-ministro, que esteve presente, juntamente com o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, na inauguração das Unidades de Saúde de Monte Real – Carvide e de Cortes, do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Litoral, a reforma da saúde que tem sido aplicada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) contém vários aspetos relevantes. Um deles é o “desenvolvimento das unidades de saúde de cuidados primários”, pois “é essencial que a saúde esteja próxima e que possamos prestar o maior número de serviços para que a necessidade de recurso às unidades hospitalares seja limitada àquilo que é estritamente necessário”.

Outro dos pilares mais importantes é o “investimento nos cuidados continuados”. Face ao “aumento da esperança média de vida, cada vez vivemos mais anos, o que significa que acumulamos um conjunto de patologias que com a idade se vêm a revelar. E não podemos sobrecarregar os hospitais, até porque há cuidados que, com vantagem, são prestados nos centros de cuidados continuados. Por isso, estas foram as duas grandes áreas que definimos como prioritárias para investir: cuidados primários e continuados”, explicou.

O primeiro-ministro salientou que estão em curso 113 unidades de cuidados primários, tendo sida fixada pelo Governo a meta de abertura de 700 camas anuais ao nível dos cuidados continuados. “E conseguimos cumpri-la em 2016 e 2017 e vamos continuar a cumprir. Não podemos resolver tudo num dia mas, a par e passo, vamos encontrando respostas para as necessidades de termos um SNS cada vez melhor e melhores cuidados de saúde”, frisou António Costa.

“Devíamos ter maior défice ou maior investimento em saúde? O país tem de fazer tudo simultaneamente. Houve um tempo que para ter menos défice se aumentavam as taxas moderadoras e não se contratavam médicos, enfermeiros e profissionais para o SNS”. No entanto, Costa defende que este Governo “é diferente. Estamos a reduzir o défice, mas ao mesmo tempo estamos a construir 113 novos centros de saúde e já contratámos mais 7900 profissionais para o SNS. Isto porque os portugueses merecem e têm direito a ter mais e melhor SNS”.