Defesa de base aérea síria responde a ataque de mísseis

O Pentágono já veio negar qualquer envolvimento dos EUA. Forças sírias já vieram responsabilizar a força aérea israelita.

Defesas aéreas sírias responderam a ataques de mísseis que foram disparados contra a base aérea de Shayrat, em Homs, nesta segunda-feira. A informação foi avançada por uma televisão estatal, segundo a agência Reuters.

O Pentágono já veio negar qualquer envolvimento dos EUA. "Não há atividade militar dos EUA naquela região no momento", afirmou o porta-voz Eric Pahon.

No entanto, fontes sírias já vieram responsabilizar a força aérea israelita.

Recorde-se que, na madrugada de sábado, os Estados Unidos, Reino Unido e França dispararam mais de 100 mísseis de cruzeiro do mar e do ar contra objetivos militares e civis sírios e um "número significativo" foi derrubado por defesa aérea.

Tratou-se de uma ação coordenada contra o regime de Bashar Al Assad uma semana após um suposto ataque com armas químicas ter matado cerca de 40 civis nos arredores de Damasco. No entanto, as forças aliadas dos três países garantiram que o ataque era único e que estava encerrado após a ação daquela noite.

Numa primeira reação de Moscovo ao ataque, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, advertiu "que estas ações não ficarão sem consequências". "Toda a responsabilidade recai sobre Washington, Londres e Paris".

Conselho de segurança da ONU não condenou ataque na Síria

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou, entrentanto, este sábado uma resolução apresentada pela Rússia que condenava os ataques norte-americanos, franceses e britânicos na Síria, ao não garantir os nove votos necessários para a aprovação.

Rússia e China, dois membros permanentes do Conselho de Segurança (CS), e Bolívia, membro não permanente, votaram pelo texto, oito países votaram contra e quatro abstiveram-se.

O texto, de cinco parágrafos, manifestava uma "grande inquietação" face à "agressão" contra um Estado soberano que, na perspetiva de Moscovo, "viola o direito internacional e a Carta das Nações Unidas".

A França anunciou em paralelo a apresentação em breve de uma nova resolução para ultrapassar "o impasse sírio". "Vamos apresentar em breve um projeto de resolução com os nossos parceiros britânicos e americanos", declarou o embaixador francês, François Delattre.

Uma reação que não teve o apoio de António Guterres ao considerar que estava desapontado com o Conselho de Segurança, ao considerar que este conflito representa atualmente “maior ameaça à paz e segurança internacional”.

“Repetidamente expressei o meu desapontamento com Conselho de Segurança, que falhou em acordar um mecanismo de responsabilidade efetiva para o uso de armas químicas na Síria", revelou o secretário-geral.