Polícias e militares vão fazer protesto em desfiles do 25 de Abril

Em causa, defendem os sindicatos, está o facto de o governo não estar a respeitar o descongelamento das carreiras previsto no OE para 2018

Os polícias e os militares vão juntar-se este ano aos desfiles do 25 de Abril em Lisboa e no Porto em forma de protesto contra o impasse no descongelamento das carreiras. Foi ainda anunciada ontem uma vigília junto ao Palácio de Belém, agendada para 2 de maio – começará às 8h e não tem hora para acabar.A decisão foi divulgada ontem à tarde em conferência de imprensa, na qual os sindicatos que estão envolvidos afirmaram que até hoje não encontraram qualquer abertura para ver satisfeitas as suas reivindicações: nem ministérios, nem primeiro-ministro, nem Presidente da República.

Ao i, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) afirmou que “o principal motivo destes protestos é o governo e a Assembleia da República terem aprovado uma lei do Orçamento de Estado para 2018 e não a estarem a cumprir no seu todo”.

“No que diz respeito às progressões das carreiras, houve o descongelamento das carreiras em vários setores, só não está a acontecer com polícias e militares”, concluiu.

Além do descongelamento, os sindicatos pretendem que seja feita a “negociação com as organizações sindicais, neste caso dos setores dos militares e dos polícias, para analisar o modelo de progressão na carreira relativamente ao tempo em que tudo esteve congelado”.

Apesar dos vários contactos, o presidente da ASPP/PSP diz que nem os polícias nem os militares receberam qualquer resposta: “Desde dezembro que andamos a tentar negociar com os vários ministérios e com o primeiro-ministro – chegámos a entregar missivas sem que tivéssemos sentido qualquer abertura. Depois, como última esperança, fomos entregar um documento na residência oficial do senhor Presidente da República, até porque tem uma responsabilidade nas áreas da defesa e da segurança”.

De Belém, dizem, também não receberam qualquer resposta: “Todas as portas se fecharam”.

Salientando que que o mínimo que se pode exigir num país democrático é que se cumpra a lei, polícias e militares vão avançar primeiro para uma ação simbólica e depois para uma vigília.

“Vai haver uma participação massiva nos desfiles do 25 de Abril em Lisboa e no Porto. Este 25 de Abril para nós tem essa importância, porque pela primeira vez polícias e militares vão participar juntos e dizer que não aceitam esta desvalorização”, refere Paulo Rodrigues, salientando que “como polícias e militares que todos os dias lidam com a lei e com o seu incumprimento, não podem aceitar que o governo livremente, sem dar qualquer qualquer justificação, não a cumpra e ponha em causa os direitos dos profissionais”.

Ficou marcada também uma vigília junto ao Palácio de Belém. Esta ação está prevista para dia 2 de maio, às 8h, não tendo hora para acabar.Os polícias e os militares vão juntar-se este ano aos desfiles do 25 de Abril em Lisboa e no Porto em forma de protesto contra o impasse no descongelamento das carreiras. Foi ainda anunciada ontem uma vigília junto ao Palácio de Belém, agendada para 2 de maio – começará às 8h e não tem hora para acabar.