Jerónimo diz que Governo agita o “mostrengo” da crise

Jerónimo de Sousa diz que o Governo invoca agora o sucesso para não ir mais além, numa altura em que o Programa de Estabilidade para 2018 opta por uma revisão em baixa da meta do défice que estava inscrita no Orçamento. Mário Centeno veio explicar-se com os riscos de uma crise, o líder comunista acha…

"Não, senhor primeiro-ministro, não há uma única alternativa, a da submissão", afirmou Jerónimo de Sousa, frisando que "há outras soluções", que permitem dar resposta aos problemas que se enfrentam nomeadamente na Saúde, nos transporttes, na Cultura ou na Educação.

De resto, Jerónimo de Sousa aproveitou para mais uma vez vir lembrar a importância de rever o regime das carreiras contributivas mais longas, dando o exemplo de uma trabalhadora que, com 40 anos de descontos, terá direito a uma reforma de 200 euros e que poderia receber 400 euros se a proposta do PCP fosse aprovada.

"Pense nisso, senhor primeiro-ministro, estamos a falar de justiça social", lançou o secretário-geral do PCP.

"A melhor prova de que há alternativa foi que no final de 2015 conseguimos construir uma alternativa", respondeu António Costa, lembrando que essa solução "permitiu grandes avanços". 

António Costa avisa, contudo, que esse caminho tem de ser feito "garantindo a irreversabilidade de tudo o que conquistámos".

O benfiquista António Costa usou até uma imagem futebolística, para avisar que ainda há muito que negociar à esquerda nesta legislatura.

"Todos nós sabemos que os jogos têm uma primeira e uma segunda parte e nós ainda temos uma segunda parte nesta legislatura", lembrou.