BdP. Intervenção pública direta no Novo Banco “é “improvável”

Em março, o Novo Banco apresentou prejuízos recorde de 1.395,4 milhões de euros referentes a 2017.

Para o governador do Banco de Portugal é “absolutamente improvável” uma injeção de capital direta do Estado no Novo Banco, que acresça aos 3,89 mil milhões de euros previstos pelo Fundo de Resolução. A garantia foi dada, ontem, por Carlos Costa aos deputados. “O cenário limite é um cenário improvável, absolutamente improvável, nenhum investidor ia colocar mil milhões de euros correndo o risco de o perder”, revelou. 

O governador disse ainda que essa possibilidade de intervenção pública não faz parte do acordo de venda do banco à Lone Star (efetivada em outubro passado), mas que “resulta das negociações entre o Estado português e a Comissão Europeia” e considerou que, com isso, Bruxelas reconhece a importância sistémica do Novo Banco e o que aconteceria no sistema financeiro e na economia “se a viabilidade do banco estivesse em causa”.

Em março, o Novo Banco apresentou prejuízos recorde de 1.395,4 milhões de euros referentes a 2017, num ano em que constituiu mais de dois milhões de euros de imparidades (provisões para perdas potenciais). Na sequência deste nível elevado de perdas, ativou o tal mecanismo de capital contingente, pedindo que o Fundo de Resolução o capitalize num montante de 791,7 milhões de euros.