Golfe. O melhor arranque de Pedro Figueiredo no Challenge Tour

Pedro Figueiredo tornou-se profissional em 2013 e desde então nunca tinha tido um início temporada no Challenge Tour tao bom como o que está a viver em 2018.

O atleta do Sport Lisboa e Benfica foi 38.º no Barclays Kenya Open e agora 55.º no Belt & Road Colorful Yunnan Golf Open, dois dos eventos mais fortes da segunda divisão europeia, para colocar-se no 45.º lugar do ranking do Challenge Tour.

Esta semana vai jogar o Turkish Airlines Challenge, do qual esteve muito tempo fora da lista de entradas diretas, mas no qual irá finalmente competir, com outros portugueses como Filipe Lima, Ricardo Santos, Tomás Silva e João Ramos.

Esta apreciação do bom início de época daquele que é muitas vezes apontado como o melhor golfista amador português de sempre é ainda mais evidente se repararmos que nos dois torneios iniciais da época Pedro Figueiredo esteve lá em cima, dado que em Nairobi, em março, era 21.º aos 36 buracos e na em Kunming, na China, chegou a meio da prova no 8.º posto.

Analisando os seus cartões de jogo, constatamos que assinou 69 e 70 no Muthaiga Golf Club, e 70 e 69 no Kunming Yulongwan Golf Club. Bons arranques, consistentes, com uma vitória no Portugal Pro Golf Tour pelo meio.

Por coincidência ou não, em ambas as provas “Figgy” teve más terceiras voltas que o impediram de estar neste momento entre os melhores do Challenge Tour, apesar de já ter mostrado ter nível para isso.

No Open do Quénia fez 76 no terceiro dia e na China viveu um autêntico pesadelo de 82 pancadas, 11 acima do Par, com 1 triplo-bogey, 3 duplos e 3 bogeys! A sua pior volta no Challenge Tour desde junho der 2015.

Pelo segundo torneio seguido, a terceira volta impediu-o de brilhar e tombou de 8.º para 55.º, posição que manteve até ao final do Belt & Road Colorful Yunnan Golf Open, apesar de uma boa última volta de 70 (-1) para um agregado de 291 (+7), que lhe valeu mil euros, caindo no ranking do Challenge Tour de 38.º para 45.º.

Haverá alguma razão para a quebra de rendimento nas terceiras voltas? Estará ligado ao facto da pré-temporada consistir em torneios de duas voltas no Portugal Pro Golf Tour e de mentalmente não estar concentrado para 54 ou 72 buracos?

O profissional da Navigator não embarca nessa explicação: «Penso que não tem a ver com o facto de em Portugal os torneios serem apenas de duas voltas. Aliás, no ano passado, no Pro Golf Tour os torneios eram de três voltas e em geral joguei bem essas terceiras voltas. Talvez (seja mais) um bocadinho a descompressão depois de passar o cut. Mas neste caso (na China), nem Isso, foi apenas um mau dia».

Para mais, o jogador do Quinta do Peru Golf & Country Club nem pode queixar-se dos campos, pois tem gostado em geral deles. Neste caso – o Kunming Yulongwan Golf Club – caracterizou-o como «um campo em excelentes condições, com fairways largos, mas greens muito ondulados, sendo essa a sua maior dificuldade».

De qualquer forma, independentemente de poder ter a sensação de que esteve perto de arrancar um grande resultado em qualquer um dos dois torneios, Pedro Figueiredo está mesmo a fazer o seu melhor início de época de sempre no Challenge Tour.

Em 2015 é certo que passou seis cuts seguidos, mas nos dois primeiros eventos foi 50.º no Quénia e 49º em Madrid. Em 2018 está melhor posicionado após dois torneios, embora, ainda longe do top-15 que no final do ano se apura para o European Tour.

Filipe Lima foi o outro português a deslocar-se à China para o Belt & Road Colorful Yunnan Golf Open, de 320 mil euros em prémios, mas, ao contrário de Pedro Figueiredo, não passou o cut e foi eliminado em 61.º. O campeão nacional totalizou 146 (72+74), +4 e o cut definiu-se em +3! Por 1 única pancada não jogou as quatro voltas e é agora o 75.º no ranking do Challenge Tour.

O vencedor foi o finlandês Kim Koivu com 268 (70+65+69+64), -16. Foi o seu primeiro título profissional e catapultou-o para a 3.ª posição no ranking. Poderá uma das estrelas do próximo Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, em maio.