3.º Obidos Ladies Open. Portuguesas perdem nos oitavos de final, Radwanska nos quartos

Maria João Koehler, Francisca Jorge e Claúdia Gaspar despediram-se da bom sucesso Tennis Academy depois de três semanas de competição, mas a antiga hexacampeã nacional teve de desistir lesionada no joelho direito

As portuguesas Maria João Koehler, Francisca Jorge e Cláudia Gaspar despediram-se hoje (quinta-feira) da série de três torneios da Federação Internacional de Ténis (ITF), cada um com 25 mil dólares em prémios monetários, a contarem para o ranking mundial WTA, organizados pela Bom Sucesso Tennis Academy.

Os oitavos de final do 3.º Obidos Ladies Open apresentavam-se complicados, com adversárias teoricamente superiores e foi isso que veio a verificar-se, embora, Maria João Koehler (MJK), de 25 anos, 727.ª no ranking mundial, tenha sido forçada a desistir no início do segundo set do embate com a 1.ª cabeça de série, a australiana de origem russa Arina Rodionova, de 28 anos e 131.ª no ranking mundial, quando a portuguesa já perdia por 6-0 e 6-1, ao cabo de 35 minutos.

Francisca Jorge de 18 anos, 764.ª da lista WTA, foi afastada pela 3.ª cabeça de série, a britânica Katie Swan, de 19 anos e 315.ª mundial, campeã em Óbidos em outubro último e semifinalista na semana passada, por 6-3 e 6-2, em 1h21.

Cláudia Gaspar, de 23 anos, atualmente sem ranking mas que vai voltar a estar classificada depois desta série (1204.ª foi o seu melhor na hierarquia internacional), foi eliminada pela 6.ª cabeça de série, a turca Pemra Ozgen, de 31 anos, 374.ª no ranking mundial, por 6-0 e 6-2, em 56 minutos.

Para Maria João Koehler (MJK), ter jogado em sete dos últimos oito dias foi demasiado para a crónica lesão no joelho direito (já operado) e o piso de relva sintética que até lhe pode ser favorável é também mais exigente na flexão de joelhos, por o ressalto da bola ser mais baixo. O resultado tão desnivelado é algo enganador, na medida em que tanto a portuguesa como a australiana tiveram 4 break points no primeiro set, mas Rodionova converteu 3 e a jogadora do LX Team não fechou nenhum. No entanto, a vitória de Rodionova nunca esteve em causa e desforrou-se de desfeita de há cinco anos no Open da Austrália.

«Tenho o meu joelho muito inflamado, chegou a um ponto em que não conseguia correr e apoiar a perna direita. Não queria desistir mas estava a sofrer e não fazia sentido continuar. Foi a sobrecarga dos últimos dias. Ontem joguei três horas, anteontem em singulares e pares foram quase quatro horas. Hoje de manhã passei pelo meu fisioterapeuta no Jamor e ele aconselhou-me a nem tomar anti-inflamatórios. Infelizmente não deu para continuar», disse a antiga hexacampeã nacional e ex-102.ª do ranking WTA.

Francisca Jorge, por seu lado, teve um surpreendente início de encontro com a favorita Katie Swan, uma jogadora agenciada pela empresa do antigo n.º1 mundial Andy Murray. A atual campeã nacional mostrou-se muito sólida e chegou a liderar por 3-1, mas apesar da derrota melhorou a olhos vistos entre o primeiro e este terceiro torneio em relva sintética: «Comecei muito bem, ela se calhar não estava à espera da minha entrega, mas depois ela começou a habituar-se ao tipo de jogo que eu estava a fazer. Este piso requer muita habituação, ela gosta deste piso, e eu também estive melhor neste torneio do que nos anteriores. Este ano há aqui nove torneios e vamos ver se nos próximos será possível ir passando mais rondas».

Cláudia Gaspar teve uma exibição inversa de Francisca Jorge pois não entrou bem, mas depois o 6-2 do segundo set não reflete a qualidade de jogo que já foi capaz de exibir a estudante do mestrado em Economia na Universidade Católica de Lisboa, a jogar pela primeira vez o quadro principal de um torneio ITF de 25 mil dólares: «No primeiro set notou-se um pouquinho a minha falta de experiência a este nível. No segundo set senti que joguei melhor, mais confortável, a tentar dar um bocadinho mais em tudo, mas, mesmo assim, senti dificuldades no serviço dela e agora preciso de mais experiências destas».

Já sem portuguesas em prova, disputam-se amanhã (sexta-feira) os quartos de final, a partir das 11h00 com os seguintes encontros: Arina Rodionova (Austrália/cabeça de série n.º1)-Estrella Cabeza-Candela (Espanha/5.ª); não antes das 12h30, Pemra Ozgen (Turquia/6.ª)Ganna Pozikhirenko (Ucrânia/2.ª); e Katie Swan (Grã-Bretanha/3.ª)-Sarah Beth Grey (Grã-Bretanha); não antes das 14h00, Urszula Radwanska (Polónia)-Berfu Cengiz (Turquia).

A grande estrela do torneio, “Ula” Radwanska, ex-29.ª do ranking mundial, continua em prova, depois de vergar hoje a espanhola Irene Burillo por 6-3 e 6-3.