Não há “qualquer anomalia” na substituição do embaixador angolano, diz Augusto Santos Silva

“Não há nenhuma anomalia nem nenhum facto superveniente que eu tenha que assinalar, muito menos que comentar”, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, veio hoje a terreiro afastar "qualquer anomalia" no que à substituição do embaixador angolano em Portugal diz respeito. 

"Não há nenhuma anomalia nem nenhum facto superveniente que eu tenha que assinalar, muito menos que comentar", disse Santos Silva à agência Lusa, garantindo ainda que a "República de Angola cumpriu o disposto nas convenções que regulam as relações diplomáticas entre países. Da nossa parte, também cumprimos". E afastou qualquer indício de suspeita da situação ser diferente: "São estes os factos que eu conheço e são estes os factos que contam".

Por agora, a cadeira permanecerá vazia, mas o ministro referiu que não compete ao Governo português aprofundar mais sobre o caso. "Compete a Angola e não a Portugal divulgar quando entender e da forma que entender quem é o novo embaixador da República de Angola em Portugal", disse, acrescentando que  a responsabilidade de gerir o processo é de Luanda. 

A presidência de Angola exonerou o embaixador angolano José Marcos Barrica na passada segunda-feira. 

O semanário Expresso avançou este fim-de-semana que, apesar de João Lourenço, presidente de Angola, já ter decidido quem será o novo embaixador e do presidente Marcelo Rebelo de Sousa ter dado o seu avalo, a cadeira continuará vazia no futuro próximo por causa das tensões entre os dois Estados em torno do processo 'Operação Fizz". Neste, o ex-vice-presidente angolano, Manuel Vicente, é acusado de corrupção ativa e branqueamento de capitais.