Jerónimo de Sousa: “600 euros não são aceitáveis”

O secretário-geral do PCP defendeu nas celebrações do 1º de maio o aumento geral dos salários no público e no privado

"600 euros não são aceitáveis num quadro em que tem havido tanta desvalorização dos trabalhos dos trabalhadores", disse Jerónimo de Sousa durante a manifestação organizada pela CGTP em Lisboa sobre o aumento do salário mínimo no próximo ano. No entanto o secretário-geral do PCP não quis avançar com um valor que consideraria justo para o rendimento mínimo.

Jerónimo de Sousa defendeu ainda "o aumento global dos salários, quer no público quer no privado" e reforçou que os trabalhadores da Função Pública devem também ver o rendimento aumentado. "Tenhamos tento. São trabalhadores que há nove anos não levam um cêntimo de aumento", afirmou o líder comunista considerando isso "um escândalo". "É inaceitável tendo em conta que esses trabalhadores perderam poder de compra de uma forma significativa, é da mais elementar justiça que sejam aumentados", acrescentou.

A questão da reposição de rendimentos e da subida do salário mínimo tem sido uma luta do PCP ao longo destes três anos de acordo parlamentar, recorda Jerónimo de Sousa criticando o PS por ter alinhado "com o PSD e o CDS derrotando as iniciativas do PCP". 

"Não é uma questão de mágoa. Não impede que o PCP continue a luta pela reposição de rendimentos diretos", reforçou ainda o dirigente comunista.