Greve dos trabalhdores da saúde no 80%, diz sindicato

Sintap avança que o segundo dia de greve está a registar uma maior adesão que o primeiro

O segundo dia de greve dos trabalhadores do setor público da saúde registou uma adesão à volta dos 80% nos turnos da noite e da manhã, até às 9h30, afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap).

"Tal como esperávamos, a adesão à greve hoje é superior ao primeiro dia. Os Hospitais da Universidade de Coimbra, a Figueira da Foz e em S. João da Madeira, por exemplo, subiu dos 80 para os 90%", disse José Abraão, secretário-geral do Sintap.

Segundo o dirigente sindical, os turnos da noite – que terminara às 8h – tiveram uma adesão entre 60 e 70%, um valor que subiu para cima dos 80% com o turno da manhã. As perturbações mais fortes têm-se sentido nas consultas e dos serviços de apoio.

"Esperamos que na reunião de amanhã [sexta-feira] no Ministério da Saúde se possam encontrar soluções no acordo coletivo de trabalho que estamos a negociar para que todos os trabalhadores sejam dotados de uma carreira e nela progridam e também sobre as 35 horas de trabalho semanal", acrescentou José Abraão lembrando que as negociações por um contrato coletivo de trabalho já duram "há seis anos, sem qualquer tipo de resultados".

A greve convocada pelo Sintap e que envolve todos os trabalhadores da saúde – à exceção dos médicos e enfermeiros dos serviços tutelados pelo Ministério da Saúde – teve e duração de dois dias, começando na quarta-feira à meia-noite e termina esta quinta-feira, à mesma hora. Os trabalhadores exigem o regime de 35 horas semanais, progressões na carreira e o pagamento de horas extraordinárias vencidas e não liquidadas.

Está ainda prevista uma paralisação dos trabalhadores do setor da saúde no próximo dia 25, marcada pelos sindicatos afetos à CGTP. Os médicos têm agendada uma greve de três dias para os dias 8, 9 e 10 de maio.