Media. Impresa conseguiu cortar prejuízos em 77% face a 2017

Ainda assim, o grupo fechou os primeiros três meses do ano com um prejuízo de quase 640 mil euros

Nos primeiros três meses deste ano, a Impresa registou um prejuízo de quase 640 mil euros. No entanto, os resultados apresentados significam uma melhoria pois, em igual período do ano passado, tinha perdido 2,8 milhões de euros.

De acordo com a empresa, “o resultado líquido no final do primeiro trimestre de 2018, de 640 mil euros, é uma melhoria bastante significativa (+77,1%) relativamente às perdas de 2,8 milhões de euros do trimestre homólogo”.

Sem contar com o efeito da venda das revistas, as despesas da Impresa recuaram 18,6%, de 45,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017 para cerca de 34,4 milhões de euros.

Também em relação ao passivo há novidades. A empresa conseguiu acabar o mês de março com uma dívida remunerada líquida de 185,6 milhões de euros, o que representa uma redução de seis milhões de euros face ao período homólogo.

Impresa vende revistas O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão queria vender as revistas até ao final do ano passado e, desde 1 de janeiro, a propriedade de todas as publicações em questão passou para as mãos da Trust in News, de Luís Delgado.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o negócio foi fechado por 10,2 milhões de euros.

Em causa estão títulos como a “Caras”, “Visão”, “Activa”, “Caras Decoração”, “Courier Internacional”, “Exame”, “Exame Informática”, “Jornal de Letras”, “TeleNovelas”, “TV Mais”, “Visão História” e “Visão Júnior”. Com uma estratégia assumidamente virada para “as componentes do audiovisual e do digital”, o grupo Impresa ficou com a SIC, com o “Expresso” – onde pretende “apostar na versão impressa” – e com o “Blitz”.

O contrato de transmissão do negócio a favor da sociedade de Luís Delgado faz parte da concretização do plano estratégico para o triénio 2017-2019 e do reposicionamento da atividade da Impresa.