Igreja Católica prenuncia-se contra a eutanásia através de panfletos

Convicções da Igreja Católica contra a eutanásia espelhadas em 1,5 milhões de folhetos

A eutanásia é um tema controverso e a igreja promete não falhar o debate. Segundo avançou o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Barbosa, numa conferência de imprensa realizada em Fátima, a intenção da igreja é estabelecer um debate “sereno”, abstendo-se de uma luta de ideias ou mesmo de uma “campanha confessional”.

A poucos dias de o tema ser discutido no parlamento, foram 1,5 milhões os panfletos divulgados e que, “em grande escala”, rapidamente vão estar por todas as dioceses e paróquias nacionais. Abordam assuntos relacionados com questões de defesa da vida, como é o caso da eutanásia.

Foram criados por médicos e juristas católicos, que atuam de acordo com as orientações da CEP. A intenção principal é que as pessoas “tenham mais um elemento de esclarecimento” das crenças da Igreja.

Para além disso, o padre Manuel Barbosa também afirma ser uma questão que deve ser defendida através de todos os meios, tal “como homens e mulheres, na defesa da vida no seu todo”. Acrescentando questões políticas que são defendidas pela Constituição da República, onde consta “que a vida humana é inviolável”.

No seguimento da Semana da Vida que começa no próximo domingo, indo até dia 20 – iniciativa promovida pela Comissão Episcopal Laicado e Família da Conferência Episcopal Portuguesa – o porta-voz da CEP recorda que este é o momento certo para serem apurados os ideais da Igreja Católica no que diz respeito à eutanásia.

Os folhetos que se encontram em circulação em todo o país há mais de uma semana resumem-se “em quatro ou cinco questões mais incisivas” da temática da eutanásia.

Manuel Barbosa acredita que todos os momentos da vida são importantes e merecedores de celebração. O padre quer afirmar a fé na vida de uma forma respeitosa, combatendo a eutanásia de maneira sensata, não impondo a sua posição.

Ao invés disso, os desdobráveis são dotados de um cariz informativo que ao chegarem às dioceses e paróquias têm o objectivo de fazer com que as pessoas entendam a posição da Igreja face ao assunto.

A morte medicamente assistida já tem data marcada para debate e votação  no parlamento. É no próximo dia 29 de maio que os deputados se reúnem para a discussão e de todos os partidos, o PCP foi o único que ainda não tomou posição sobre o tema.