Exportações diminuem 5,7% em março

Por outro lado, as importações de bens aumentarm 0,1%.

No mês de março, as exportações de bens caíram 5,7%, em sentido contrário ao crescimento verificado no mês anterior (+5,8%). Já as importações de bens aumentaram 0,1%, correspondendo a uma desaceleração face à variação registada em fevereiro de 2018 (+8,1%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

"Estas evoluções refletem, em parte, efeitos de calendário, dado que março de 2018 teve menos dois dias úteis do que março de 2017", explica o INE.

Nos primeiros três meses de 2018, as exportações e as importações de bens aumentaram respetivamente 2,7% e 6,3% face ao mesmo período de 2017.

Por categorias de produtos, só o material de transporte e acessórios – onde se incluem os automóveis – tem uma variação positiva de 8,9%. Todas as outras registam decréscimos, com os fornecimentos industriais a caírem 7,2%, os produtos alimentares e bebidas 9% e os bens de consumo 10,5%.

Nas importações, o material de transporte e acessórios cresceu 10,5% e os combustíveis e lubrificantes 9,6%. Os bens de consumo recuaram 7,6% e os produtos alimentares e bebidas 4,2%.

Quanto aos principais mercados de destino, apenas as exportações para a Alemanha cresceram, registando um aumento de 0,9% face a março de 2017. Espanha decresce 1,4%, o Reino Unido tem uma quebra de 3,8% e os Estados Unidos e Angola caem, respetivamente, 20,6 e 27,7%.

Nas importações, comprámos mais a França (4,9%), à Holanda (5,4%) e à Bélgica (11,2%). Nas quebras, Itália cai 7,9%, o Reino Unido 11,7%, o Brasil 10,4% e a Rússia 74,8%, neste caso fundamentalmente devidos aos combustíveis e lubrificantes, de acordo com o INE.

O défice da balança comercial de bens foi de 1 207 milhões de euros em março de 2018, o que representa um acréscimo de 306 milhões de euros face ao mês homólogo de 2017. 

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 915 milhões de euros, correspondente a um aumento do défice de 231 milhões de euros em relação a março de 2017.