Golfe. Amador Vítor Lopes alimenta sonho de título português

O vencedor do campeonato internacional amador de Portugal em fevereiro está pela primeira vez na segunda posição de um torneio do Challenge Tour. Há outros quatro portugueses no cut provisório    

O sonho de uma vitória de um português no 56.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort tem sido um dos temas mais badalados nos últimos dias e Vítor Lopes alimentou hoje (quinta-feira) essa possibilidade, ao colocar-se no 2.º lugar do único torneio português do Challenge Tour, de 200 mil euros em prémios monetários.

Entre 156 participantes, só há cinco amadores e um deles, o português Vítor Lopes, meteu-se bem na luta pelo título do torneio de Portimão, graças a uma volta inaugural de 69 pancadas, 3 abaixo do Par.

É a primeira vez que se vê no 2.º lugar de um torneio do Challenge Tour e partilha essa posição com o austríaco Lukas Nemecz e o galês Owen Edwards, estando a apenas 2 pancadas do líder, o espanhol Adri Arnaus.
 
«Vim de um torneio na semana passada do Circuito Cashback World  (o principal circuito da FPG para amadores) em que fiz uma última volta de 6 abaixo sem bogies, por isso sei que o meu jogo está muito bom, sobretudo do tee ao green. Hoje voltei a demonstrá-lo e estive 16 buracos sem bogies, só sofri um no 17», disse o algarvio de 21 anos que converteu 4 birdies e teve putts para mais alguns.
 
Um amador já venceu o Open de Portugal – o espanhol Pablo Martin em 2007, no Oitavos Dunes – mas Vítor Lopes nem quer pensar nisso: «Claro que a vitória no Internacional Amador levanta o ego e a confiança. Basta acreditar que estou ao nível destes jogadores do Challenge e hoje demonstrei que estou cá, que um português pode estar no topo, mas não quero criar expectativas».
 
O dia começou com Tomás Bessa a liderar o torneio, após 2 birdies em 3 buracos. Acabou em 37.º, com 73 pancadas, 1 acima do Par e é um dos cinco jogadores portugueses dentro do cut provisório.
 
Tomás Bessa está empatado com João Carlota, mas acima deles estão Pedro Figueiredo em 16.º com 71 (-1), Tiago Cruz em 6.º com 70 (-2) e Vítor Lopes.
 
A apenas 1 pancada do cut provisório, que se decide amanhã (sexta-feira) para o top-60, estão ainda quatro portugueses no 68.º lugar, com 74 (+2): Filipe Lima, Ricardo Santos, Tomás Silva e Miguel Gaspar.
 
Mais difícil, mas não impossível, é a tarefa de Pedro Lencart e Tomás Melo Gouveia, os dois últimos campeões nacionais amadores, a 2 pancadas do cut provisório, no 86.º posto, com 75 (+3). Em contrapartida, João Ramos em 120º (+5) e Tiago Rodrigues em 148.º (+8) estão em situação extremamente complicada.
 
Num dia de sol, mas de ventos fortes e cruzados e de bandeiras colocadas em pontos difíceis, o espanhol Adri Arnaus, que saiu cedo, ainda com o vento apenas moderado, arrancou a sua melhor volta no Challenge Tour, de 67 pancadas, 5 abaixo do Par, para comandar o Open.
 
A segunda volta inicia-se amanhã às 7h30 e as últimas saídas são às 14h30.