Demissão? Ministro da Saúde desvaloriza pedido do PSD

“O que temos a dizer é que o Governo continua empenhado naquilo que é a sua maior responsabilidade: que o SNS, depois de um período de fortíssima desvitalização, se reforce”

O ministro da Saúde respondeu esta sexta-feira ao pedido de demissão feito pelo PSD, dizendo que tal não faz “nenhum sentido”.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Adalberto Campos Fernandes desvalorizou a situação:  "Já estamos habituados. Faz parte do exercício quase quinzenal".

“Sobre o PSD resta pouca coisa sobre as substâncias políticas e das propostas. Resta trabalhar no ‘soundbite’ e de 15 em 15 dias fazer um pedido qualquer que evidentemente não tem nenhum sentido. O que temos a dizer é que o Governo continua empenhado naquilo que é a sua maior responsabilidade: que o SNS, depois de um período de fortíssima desvitalização, se reforce. Que os portugueses tenham acesso aos cuidados de saúde em tempo e qualidade adequadas”, acrescentou.

Recorde-se que o PSD pediu esta sexta-feira a demissão do ministro da Saúde. Os sociais-democratas defendem que, perante o “descalabro” no setor, esta é a atitude certa a tomar.

O deputado Ricardo Batista Leite lançou o repto durante um debate parlamentar, defendendo que “o ministro da Saúde já não existe" e que Mário Centeno, ministro das Finanças, "tomou de assalto" o Ministério da Saúde.

"Se o ministro da Saúde é um mero delegado do ministro das Finanças, é porque temos um primeiro-ministro irresponsável que o permite, que assiste impávido e sorridente à destruição progressiva dos serviços", acrescentou o deputado, citado pela agência Lusa.