PCP diz que não aumentar funcionários do Estado é “opção política”

Jerónimo de Sousa defende que há dinheiro para aumentos na Função Pública, depois de António Costa ter afirmado que prefere contratar mais trabalhadores para o Estado do que subir vencimentos 

O secretário-geral do PCP criticou, na tarde deste domingo, as declarações de António Costa, que revelou preferir contratar mais funcionários públicos em 2019 do que aumentar salários. Jerónimo de Sousa garante que se trata de "uma opção política", porque há dinheiro. 

"Dizem-nos: têm razão, mas não há dinheiro", disse Jerónimo de Sousa no encerramento de um debate na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Lisboa, acrescentando que no entanto existe verba "para pagar uma dívida que não é pagável". 

"Ao mesmo tempo quese  afirma não ser possível um justo aumento salarial para quem não recebe aumentos há nove anos, não faltarão 35 mil milhões de euros para uma dívida do país que não é pagável sem ser negociada", continuou o secretário-geral do PCP, rematando: "O problema não está em não haver dinheiro. Está na injustiça da sua distribuição". 

António Costa afirmou, numa entrevista publicada este domingo pelo DN, que os aumentos na Função Pública em 2019 serão debatidos "no tempo devido", mas admitiu preferir contratar mais trabalhadores do que subir os vencimentos, de maneira a "melhorar a qualidade dos serviços públicos" e "a qualidade de vida" dos atuais trabalhadores do Estado.