Quinta do Meco. Quando o mundo entrou numa aldeia

Alemães, holandeses e franceses começam a encher o aldeamento já antes do verão. A vaga do turismo lisboeta vai passando para a outra margem do Tejo

Depois do portão, que se abre da segunda rua da aldeia, o cenário muda.

Há um longo caminho de pedra onde antes havia um canavial, e daí nascem dois modernos chalés: dois de quarto único e uma casa mais familiar.

O estabelecimento de alojamento local, na aldeia do Meco, é o mais recente empreendedorismo do género na área e o sucesso tem sido maioritariamente internacional. «Não sei se lhe podemos chamar turismo rural porque estamos localizados no centro de uma aldeia tão mexida», aponta Nuno Melo, o proprietário originário de Famalicão. Mas a verdade é que logo após a entrada, o verde cresce, terminando num riacho ao fundo. Há mesas em cerâmica ao ar livre, o espaço é largo e aberto e cada apartamento oferece um alpendre de privacidade aos hóspedes.

Na inauguração, no início deste mês, a Quinta do Meco já tinha reservas de visitantes maioritariamente europeus. O espaço, que ainda irá alargar em estrutura e instalações, visa aproveitar o verão que se avizinha, mostrando que a onda de turismo na capital vem alargando para lá do Tejo. O Meco, já tradicionalmente um destino internacional e ao mesmo tempo doméstico, ganha assim um espaço de fusão entre natureza e proximidade. No interior, o investimento em cozinhas modernas e clima controlado proporciona atratividade, bem separando os ares balneares do descanso pretendido.