Israel ameaça conquistar a Faixa de Gaza

Ministro diz que a guerra não estava tão perto desde 2014

O ministro dos Serviços de Informação e dos Transportes israelita disse ontem à Rádio do Exército que Israel está na iminência de entrar em guerra contra o Hamas em Gaza. “Desde a Operação Margem Protetora que não estávamos tão perto da guerra”, referiu Israel Katz.

Colocando o peso da responsabilidade no lado palestiniano, o ministro referiu que se a guerra acontecer é porque os rockets continuaram a ser disparados a partir da Faixa de Gaza: “Nós não queremos e o outro lado também não quer, mas temos uma linha vermelha.”

De acordo com os israelitas, 60 rockets e granadas de morteiro foram disparados a partir de Gaza, ao mesmo tempo que as Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) bombardeavam alvos dentro da Faixa de Gaza. O exército publicou um vídeo alegadamente da destruição de um túnel que ligava Gaza a Israel através do Egito.

A União Europeia exigiu ontem em comunicado que o disparo de rockets tem de “parar imediatamente” e salientou que “é urgente a redução da tensão nesta situação perigosa para assegurar que a vida dos civis é protegida”. Para Bruxelas, “o ciclo de violência e desespero tem de ser quebrado com um processo político genuíno”.

Ambos os lados acusam o outro de ter iniciado este ciclo de bombardeamentos. Do lado palestiniano, além do Hamas, também a Jihad Islâmica reivindicou a autoria dos disparos contra território israelita. Segundo a IDF, três soldados e um civil ficaram ligeiramente feridos.

Ao mesmo tempo, o Navio da Liberdade, que pretendia furar o bloqueio israelita levando feridos e doentes de Gaza foi intercetado pelas forças israelitas e 17 palestinianos foram presos.