NBA. Rockets e Celtics baralharam e voltaram a dar, mas a final é sempre a mesma

Pelo quarto ano consecutivo, Golden State Warriors e Cleveland Cavaliers vão disputar o título na mais espetacular liga de basquetebol do mundo

NBA. Rockets e Celtics baralharam e voltaram a dar, mas a final é sempre a mesma

Sete meses e meio e muitos, muitos jogos depois, acaba tudo na mesma: a final da NBA irá opor Golden State Warriors a Cleveland Cavaliers. Um filme já visto, repetido e tornado a repetir: foram assim as decisões nas últimas três temporadas.
Mas esta época tudo parecia diferente. Não só os bichos-papões pareciam estar mais fracos do que em anos anteriores como ambos chegaram ao sexto jogo da final das respetivas conferências em desvantagem: bastava apenas mais uma vitória a Houston Rockets e Boston Celtics para se verificar uma final diferente. Mas nada disso aconteceu: Golden State e Cleveland venceram o jogo 6, em casa, e depois o jogo 7, fora, alicerçados nos talentos individuais das suas maiores estrelas.

No jogo final da Conferência Oeste, os Warriors foram vencer por 101-92 a casa dos Houston Rockets, que tinham tido o melhor registo da fase regular e procuravam voltar à final da NBA após 23 anos de ausência. Chegaram, inclusive, ao intervalo a vencer por 11 pontos, mesmo privados de Chris Paul, mas na segunda parte Klay Thompson, Kevin Durant e Stephen Curry agigantaram-se e marcaram, em conjunto, 47 pontos, levando os Golden State a tornar-se na primeira equipa a vencer dois encontros consecutivos nos play-off depois de estarem a perder por dez ou mais pontos no descanso. Uma referência para os 27 triplos consecutivos falhados pelos Rockets – um recorde negativo na história da prova.

“O basquetebol é um jogo de 48 minutos. Não importa se há um momento em que estamos a jogar pior ou se erramos lançamentos. O importante é saber que é preciso manter o foco, porque a um determinado momento vamos começar a acertar. É isso que tem acontecido connosco”, referiu Stephen Curry, que terminou o jogo com 27 pontos (sete triplos em 15 tentativas), dez assistências e nove ressaltos – ficou perto de um triplo-duplo. Kevin Durant fez 34 pontos, cinco ressaltos e cinco assistências, e Klay Thompson fez 19 pontos.

Lebron é de outra galáxia Em Boston, voltou a ser LeBron James a dominar a cena. Sem o apoio de Kevin Love, lesionado, o extremo de 33 anos foi mais uma vez o homem da noite: 35 pontos, 15 ressaltos e nove assistências a contribuir decisivamente para o triunfo dos Cleveland Cavaliers por 87-79 e a quarta presença consecutiva na final – oitava para o King LeBron, que parece estar a atravessar a melhor fase da carreira: não saiu do campo um único segundo neste jogo 7.

Os Celtics somavam dez vitórias consecutivas no TDGarden e ainda contaram com a audácia do rookie Jayson Tatum, que chegou a fazer um afundanço em cima de LeBron no último quarto, mas nem assim o conseguiram travar. A final da NBA começa a disputar-se na madrugada desta sexta-feira, com os Golden State, campeões em título, a jogar em casa.