Mesquitas clandestinas sob vigilância das polícias

Desde a visita do Papa que uma célula marroquina preocupa as autoridades

Aquando da visita do Papa a Portugal, os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras recusaram a entrada no país a 126 pessoas. Em Fátima, um marroquino, casado com uma bombeira local, chegou mesmo a ser expulso do país depois de ter sido apanhado a fazer compras suspeitas de nitratos, substância usada para bombas artesanais, como noticiou na altura o semanário “Sol”.

As autoridades tentaram abafar a notícia para “Portugal não ficar nas bocas do mundo”, como disse então fonte ligada ao processo.

Recorde-se que o Papa, depois da visita, condecorou as mais altas figuras dos serviços secretos e da Polícia Judiciária pelo seu desempenho na segurança do chefe da Igreja Católica.

A tentativa de atentado em Serralves vem de novo alertar as autoridades policiais, que têm vigiado com alguma permanência as mesquitas clandestinas em Lisboa e no Porto, tendo algumas madraças sob controlo apertado. Refira-se que as autoridades portuguesas têm contado com a colaboração da comunidade muçulmana que vive em Portugal e que nada tem a ver com os fundamentalistas que seguem as máximas do Daesh. O Estado Islâmico procura arregimentar novos guerrilheiros e a península Ibérica sempre esteve presente nos discursos de Bakr al-Baghdadi, o autoproclamado líder do ex-califado do Iraque e da Síria, que pretendia estender a sua influência ao antigo Al Andalus.

“Como estão a ser muito vigiados nos principais países europeus, é natural que queiram virar-se para Portugal”, diz fonte dos serviços secretos, acrescentando que as autoridades portuguesas estão bem atentas para evitar eventuais ataques.