Governo. Costa quer mais exercício para poupar no SNS

Primeiro-ministro diz que “a atividade física é absolutamente essencial para a qualidade de saúde”

“Todos estamos convocados para sermos mais ativos”, desafiou ontem António Costa durante a apresentação do plano “Pessoas Mais Ativas para um Mundo Mais Saudável”, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que decorreu na Cidade do Futebol, na Cruz Quebrada.

O apelo do primeiro-ministro “para aumentar a atividade física” em Portugal tinha um objetivo associado: melhorar a saúde individual dos cidadãos e, assim, proporcionar “menos encargos para o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde” (SNS). O SNS “requer investimento”, disse Costa, mas “requer, acima de tudo, mais hábitos de vida saudáveis” para que se precise “menos de utilizar o SNS”.

“A atividade física é absolutamente essencial para a qualidade de saúde”, acrescentou ainda Costa enquanto reforçava que, atualmente, as pessoas “vivem mais anos” com “menos saúde”.

O primeiro-ministro defendeu que é preciso “reinventar a forma de vida” para “aumentar a atividade física” da população – um desafio que é “aliciante e simples” e que passa por aproveitar as ruas, as ciclovias e os transportes públicos como forma de fomentar um modelo de “vida ativa saudável”.

Segundo a OMS, um em cada quatro adultos não pratica exercício físico suficiente e, por isso, a organização lançou ontem um plano nacional para que as pessoas façam mais desporto. O objetivo é aumentar em pelo menos 15% os níveis de atividade física no mundo até 2030.

“De acordo com o último Eurobarómetro, apenas 5% das pessoas com 15 ou mais anos dizem fazer exercício ou desporto regularmente e a mesma percentagem afirma fazer habitualmente outras atividades físicas, como deslocar-se de bicicleta”, pode ler-se no comunicado enviado pela OMS, reforçando que, “em todo o mundo, calcula-se que a inatividade física tenha custos diretos em saúde associados na ordem dos 45,9 mil milhões de euros”.

O sedentarismo tem sido também responsável pelo aparecimento de doenças crónicas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares e oncológicas.