Costa acusa sindicatos de professores de “intransigência”

O primeiro-ministro diz que contar apenas sete anos dos professores custaria 600 milhões de euros por ano e acusa-os de terem dificultado as negociações

António Costa foi questionado na tarde desta terça-feira sobre o ultimato do ministro da Educação aos sindicatos dos professores para que aceitem apenas um terço do tempo de serviço congelado para efeitos de progressão nas carreiras. 

O líder da bancada do PSD acusou o Ministério da Educação de ter tentado “ganhar tempo” nas negociações com os sindicatos. “Serão os professores a primeira classe profissional a sofrer com o abrandamento da economia europeia? É um aviso do governo ao BE e ao PCP”, questionou Fernando Negrão.

Em resposta, o primeiro-ministro elencou o aumento da despesa de 90 milhões previsto para este ano com o descongelamento das carreiras, sendo que “para o ano vão ser descongelados mais 12.935 professores, o que representa mais 80 milhões de euros e, em 2020 vão ser libertados mais 24 milhões de euros, e assim sucessivamente”. “Portanto, é falso que os professores sejam uma exceção, vão ser descongelados como todos os profissionais do Estados”, afirmou.

António Costa acrescentou que, durante o processo negocial com os sindicatos, os professores se mostraram intransigentes. “Não há disponibilidade para fazer acordos com base numa posição intransigente dos sindicatos”, acusou ainda o primeiro-ministro.